O 1º de Agosto, que venceu a edição 2016 do Girabola, deixa registos impressionantes, particularmente na superioridade destacada da produção de golos, aliás uma tendência que já traz de edições anteriores.
Um menino de 20 anos foi o principal protagonista tendo se sagrado goleador na quarta época na I divisão. Jacinto Muhondo Dala “Gelson” arrasou a concorrência e quem mais perto chegou dos 23 golos que rubricou este ano foi um colega seu, mas ficou a 11 tentos (Ary Papel, 12).
O 1º de Agosto foi claramente a formação mais realizadora do campeonato com 60 golos, muito por “culpa” desta dupla que violou as redes contrárias por 35 vezes.
Mas não foi por falta de aviso que os adversários viram o grémio militar passear classe com golos para todos os gostos. Esta tendência já vem das últimas épocas, que a título individual quer colectivo.
Nas últimas cinco edições, o 1º de Agosto foi terceira equipa mais realizadora em 2012, com 42 golos (21 sofridos). No ano seguinte, foi segundo ao apontar 43 (22 contra) e já com a participação de Gelson, que fez gosto ao pé em duas ocasiões na sua época de estreia.
Em 2014, os militares foram quem mais marcou nas 30 jornadas da prova, com 49 golos (31 sofridos), dos quais nove foram de Gelson e 13 de Ary Papel.
No ano passado a tendência manteve-se e voltou a ser a finalização mais acertiva com 51 golos (23 contra). O “camisola 27” marcou 13 golos mais um que o seu colega “número 30”.
Portanto, os 60 golos com que os rubro-negros se sagraram campeão nacional e os 23 de Gelson e 12 de Papel são sequência lógica de uma equipa que há alguns anos vem preparando o regresso ao topo do futebol angolano.
Passadas cinco temporada, um grupo mais maduro, com jovens mais familiarizados com a prova, a diferença foi esmagadora, já que o segundo clube que mais marcou fez 49 golos (Libolo). E em termos individuais, o Mongo do Progresso da Lunda sul apontou 10 golos, na terceira posição dos goleadores.
A euforia dos adeptos agostinos é portanto justificada e os seus adversários só se podem queixar de si mesmos, pois os indicadores sempre estiveram à vista de todos.
A aposta clara nos jovens da sua cantera, em que os dois melhores marcadores do Girabola são apenas a ponta do iceberg, mostram que a estratégia militar é sustentada, tem pernas para andar e já começou a dar frutos a venda a clubes estrangeiros, nomeadamente da europa, dos dois jogadores que foram indiscutivelmente as principais atracções da prova encerrada sábado passado.
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