Criada pela UEFA em 2018, a Liga das Nações surgiu com o objetivo de ocupar o espaço competitivo dos amigáveis e particulares de seleções que tinham vindo paulatinamente a perder interesse. Surgiu estão esta competição com o objetivo de atribuir um novo título e também como uma segunda oportunidade para as equipas nacionais assegurarem um lugar nos Campeonatos Europeus de Futebol.

São quatro as divisões, da Liga A à D, e Portugal esteve, para já, sempre presente na divisão de elite.

Portugal (2019), França (2021) e Espanha (2023) foram, até ao momento, os vencedores da prova que se realiza de dois em dois anos.

Portugal campeão na Estreia

A primeira edição da UEFA Nations League arrancou em 2018, dois meses apenas após o final do Campeonato do Mundo da Rússia, em 2018.

Portugal viria a levantar este novo troféu, o segundo a nível de seleções para a equipa das quinas a nível sénior, três anos apenas depois da saborosa conquista do Euro 2016.

A fase inicial da competição disputou-se entre setembro e novembro de 2018, durante as pausas internacionais. O sorteio colocou Portugal no terceiro grupo da Liga A, juntamente com a Polónia e Itália.

A equipa nacional, que era campeã europeia em título, confirmou esse estatuto e passeou classe durante a fase de grupos. Começou por vencer a Itália no primeiro jogo por 1-0 (golo de André Silva), seguindo-se o triunfo na Polónia por 2-3. Os empates caseiros (0-0 e 1-1) contra os mesmos adversários foram suficientes para Portugal vencer o grupo.

Seguiu-se as meias-finais a competição; Portugal defrontava a Suíça (3-0) e Cristiano Ronaldo exibiu-se ao mais alto nível, com três golos apontados, um deles de livre direto.

Na final, a equipa portuguesa orientada por Fernando Santos defrontou os Países Baixos, com a vantagem de Portugal disputar essa final em casa no estádio do Dragão. Gonçalo Guedes marcou o golo que decidiu a final, numa competição em que Bernardo Silva foi considerado o melhor jogador do torneio.

Em 2021 foi o 'Galo' a cantar mais alto

Na segunda edição da Liga das Nações, Portugal aparecia com claras ambições em renovar o seu título. No entanto, a competição não teve para a equipa lusa o desfecho glorioso no ano de estreia.

De salientar também que Portugal tinha, desta feita, um super tubarão na fase de qualificação - a seleção francesa - ao contrário da primeira edição em que encontrou uma seleção italiana em renovação e que procura retomar o domínio de outros tempos e as gerações futebolísticas de outros tempos, apesar da recente conquista do campeonato europeu de futebol.

Para as cores lusas a competição arrancou da melhor forma: Portugal goleou a Croácia por 4-1 no estádio do Dragão; sem Cristiano Ronaldo que ficou afastado do jogo devido a uma lesão, os lusos impuseram-se com golo de João Cancelo, Diogo Jota, João Félix e André Silva, numa exibição contundente da equipa lusa. Três dias depois, Portugal venceu na Suécia por 2-0, com um bis de Cristiano Ronaldo que marcou na altura o tento 100 e 101 pela seleção. Em outubro, a equipa orientada por Fernando Santos deslocou-se a França onde empatou a zero; num encontro muito tático e escassas oportunidades. Pepe chegou a marcar, mas o tento foi anulado por fora de jogo.

Na receção à Suécia, Portugal venceu sem dificuldades e Diogo Jota arrebatou o título de melhor jogador em campo com um bis. Bernardo Silva marcou o outro tento da equipa portuguesa.

Mas infelizmente para Portugal vinha aí o jogo frente à França. A nossa seleção estava obrigada a vencer, mas não evitou a derrota após um golo de N’Golo Kanté num lance que resultou de uma defesa incompleta de Rui Patrício. Estava ditada a eliminação, e a última partida serviu apenas para cumprir calendário, num triunfo por 3-0 em Split frente à Croácia, Rúben Dias bisou e João Félix marcou o terceiro golo de Portugal. Na final da Liga das Nações, a França acabaria por derrotar a Espanha na final por 2-1.

Na terceira edição, Portugal voltou a cair na fase final numa competição vencida pela 'La Roja'

Depois de ter defrontado a França na segunda edição da Nations League, Portugal encontrava a todo poderosa armada espanhola na fase de grupos.

Foi no Benito Villamarín que Portugal arrancou a competição. Numa partida em que a Espanha teve, como é habitual, mais posse, Portugal salvou-se pela eficácia. Álvaro Morata deu vantagem à 'La Roja' e já próximo do final da partida, Ricardo Horta empatou a contenda (82).

No segundo jogo, Portugal defrontou a Suíça e goleou por 4-0. Tentos de William Carvalho, João Cancelo e um bis de Cristiano Ronaldo fixaram o resultado. Face a este resultado, os lusos assumiram a liderança do grupo.

Seguiu-se o triunfo com a Tchéquia por 2-0 (marcaram João Cancelo e Gonçalo Guedes), numa vitória contundente e de domínio total de Portugal. Só que na visita aos helvéticos, a equipa nacional foi derrotada por 1-0, depois de um golo de Haris Seferovic. Portugal teve vários oportunidades, mas somou uma derrota inesperada, numa partida em que Cristiano Ronaldo não foi utilizado, acautelando a sua gestão física.

A formação das quinas respondeu da melhor forma à derrota ao golear na Tchéquia por quatro golos sem resposta: Diogo Dalot bisou, Bruno Fernandes e Diogo Jota apontaram os restantes tentos.

Só que Portugal voltou a claudicar no encontro decisivo frente a uma equipa do seu nível. Em Braga, os comandados de Fernando Santos não conseguiram contrariar o adversário e saíram derrotados frente à Espanha. Álvaro Morata foi decisivo ao apontar o único golo da partida, resultado que eliminou Portugal.

A 'La Roja' haveria de vencer a competição ao vencer na final a Croácia na marcação de grandes penalidades.

E agora?

Portugal irá tentar esta quarta-feira, em Munique, na Allianz Arena, frente a todo poderosa Alemanha, garantir o apuramento para a final da Liga das Nações e sonhar com a sua segunda conquista na competição.