A direção provincial da Huíla da juventude e desportos vai ainda este mês submeter o estádio nacional da Tundavala, arredores da cidade do Lubango, a trabalhos de substituição total da relva.

A informação foi dada hoje à Angop, nesta cidade, pelo administrador do estádio, António Ernesto, que considerou esta a única solução sustentável para que o Tundavala sirva, de facto, os fins para os quais foi construído, o futebol.

Indicou que um dos principais problemas do seu pelouro, para a manutenção da relva, a falta de água, foi já resolvido pelo ministério dos Desportos, que financiou a escavação de três furos de captação de água subterrânea, já que possuía apenas um e que nem sempre fornecia o líquido.

Disse que a direção submeteu ao ministério de tutela três propostas de empresas, apuradas em concurso público, para ser selecionada a que melhores garantias der, do ponto de vista técnico e material, para executar os trabalhos de substituição da relva do campo.

Apontou substituição completa do tapete verde como única solução. “A nossa direção defende que seja feita por uma empresa sólida e apetrechada, em equipamentos e quadros técnicos, e que trabalhe à base rigor e padrões de qualidade”.

Sobre o jogo da 2ª mão da eliminatória para o CAN2017, no Ruanda, entre Angola e a RDC, marcado para Março, António Ernesto afirmou que pelo ritmo do processo o estádio estará pronto. “Mas se por algum imprevisto não estiver em condições far-se-á recurso a alternativas”.

“O que nos preocupa, de momento, é a solução sustentada do problema da relva e que daí em diante o estádio esteja permanentemente em condições de receber partidas. Não nos interessa, agora, um paliativo e que logo a seguir ao jogo a situação retorne ao ponto zero”, realçou.

O governador provincial da Huíla, João Marcelino Tyipinge, visitou quarta-feira três estádios de futebol da cidade do Lubango, nomeadamente, Tundavala, Senhora do Monte e o Ferroviário, para se inteirar do seu estado de manutenção.

O Estádio Nacional da Tundavala custou 69 milhões de dólares americanos e foi construído em oito meses no bairro Tchioco, periferia da cidade do Lubango, pela empresa chinesa Sino-Hidro, numa área de 25 mil 807 metros quadrados com uma capacidade para 21 mil e 40 espectadores.

Comporta 20 salas Vips, duas subestações elétricas com capacidade para 15 mil kilowatts, uma sala presidencial, bancada de imprensa, quatro balneários para jogadores, duas salas para treinadores e igual número para árbitros, assim como sete postos médicos para espectadores e jogadores.

O estádio, inaugurado a 29 de Dezembro de 2009, está equipado com um sistema com portas com torniquetes com leitores de bilhetes para o controle de acessos, assim como um sistema de videovigilância.

Possui ainda salas de controlo e iluminação do recinto, fixada em estruturas metálicas e composta por 408 holofotes de dois mil Watts cada.