Uma vitória por 2-1 no terreno do AEK Atenas chegou para o Olympiacos confirmar, este domingo, a conquista do título de campeão grego que lhe fugia há três temporadas. A equipa orientada pelo português Pedro Martins soma agora uns inalcansáveis 78 pontos no topo da classificação da Liga grega, mais 19 do que o mais direto perseguidor, o PAOK, treinado pelo também português Abel Ferreira.
A precisar de um triunfo para selar o título - o 45º da história do clube - o Olympiacos entrou em campo com José Sá e Rúben Semedo, dois dos três portugueses que integram o plantel no 'onze'. O outro, Cafú, viria a entrar na segunda parte. E a vitória começou a desenhar-se quando El Arabi abriu o marcador, aos 38 minutos, assistido por Masouras. Ainda na primeira parte, Camara elevou para 2-0. A festa parecia cada vez mais perto. No segundo tempo o AEK ainda reduziu, aos 66 minutos, por Sergio Araujo, mas não chegou para travar os festejos finais do rival.
Para Pedro Martins trata-se do primeiro troféu conquistado enquanto treinador, numa carreira que conta com passagens pelo leme de Marítimo, Rio Ave e V.Guimarães no escalão principal do futebol português. Para além de José Sá, Rúben Semedo e Cafú, também Daniel Podence, que deixou o clube grego no mercado de transferências de janeiro para rumar ao Wolveramphton, tem motivos para festejar, tendo ainda disputado 27 jogos pelo Olympiacos esta temporada.
Os festejos fazem-se, porém, com um asterisco. É que está ainda em análise um recurso apresentado pelo PAOK, a quem foram tirados sete pontos 'na secretaria', pelo facto de Ivan Savvidis ser o acionista principal de PAOK e Xanthi, numa propriedade múltipla que não é permitida pelos regulamentos. Caso venha a ser dada razão ao clube de Salónica nesse recurso, o Olympiacos deixa de ser desde já matematicamente campeão.
Salvo a eventualidade de esse recurso vir a ter êxito, Pedro Martins torna-se, assim, no segundo treinador português a sagrar-se campão numa Liga europeia em poucas semanas, depois de Luís Castro ter conquistado a Liga ucraniana ao leme do Shakhtar.
Comentários