A ministra belga do interior, Annelies Verlinden, disse hoje que estas sanções, definidas por um grupo de especialistas dentro do seu ministério, “são um sinal claro de que o mau comportamento não tem lugar nos estádios de futebol”.
Segundo o governo belga, o número de incidentes registados pelas autoridades na época de 2021/22 não foi muito maior dos que se verificaram em 2018/19, na temporada anterior à pandemia da covid-19, mas as sanções foram mais duras.
No que diz respeito a multas, quase que duplicou o valor, de 540.525 para 910.250 euros.
A violência nos estádios tem sido uma matéria de preocupação para as autoridades, com a ministra Verlinden a manter uma reunião em novembro com a Liga e os responsáveis dos clubes, com o objetivo de apresentar um projeto-lei que reduza o número de incidentes.
A reunião aconteceu pouco depois do jogo entre o Charleroi e o Mechelen, que foi abandonado depois de adeptos da equipa da casa atirarem tochas para o relvado.
Em outubro, o clássico entre Standard Liège e Anderlecht também foi perturbado, resultando numa administrativa derrota (5-0) dos visitantes, depois de ser interrompido aos 63 minutos, devido a distúrbios dos adeptos.
O governo belga quer restringir o acesso ao estádio dos adeptos violentos, com o projeto-lei, ainda a ser aprovado em sede parlamentar, a prever punições mais severas para os clubes, caso entrem em incumprimento nos bilhetes e pirotecnia.
A proposta prevê ainda irradiação dos adeptos dos estádios, numa moldura até 10 anos, mais cinco do que os previstos atualmente, em caso de violência física, comportamento racista ou uso de engenhos pirotécnicos.
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