Os antigos presidentes da FIFA e da UEFA Joseph Blatter e Michel Platini, respetivamente, começaram hoje a ser julgados num tribunal de Bellinzona, na Suíça, por suspeitas de fraude, gestão danosa, abuso de confiança e falsificação de documentos.
O julgamento de Blatter, que liderou a FIFA entre 1998 e 2015, agora com 86 anos, e Platini, presidente da UEFA, entre 2007 e 2016, e uma ‘estrela’ na década de 1980 da seleção francesa e da Juventus, de 66 anos, deverá decorrer até 22 de junho, sendo a sentença esperada até 08 de julho.
Blatter e Platini são suspeitos de terem combinado o pagamento ilícito de dois milhões de francos suíços (1,8 milhões de euros) por parte da FIFA ao então dirigente máximo da UEFA.
Platini terá recebido a quantia em 2011, alegadamente, pelos serviços prestados como conselheiro de Blatter entre 1998 e 2002. Ambos justificaram o pagamento tão diluído no tempo com o facto de as finanças da FIFA, na altura, não permitirem remunerações tão elevadas como as acordadas entre Blatter e Platini.
O caso já foi julgado nas instâncias desportivas, tendo Blatter, que renunciou à presidência da FIFA em 2015, sido suspenso por seis anos de qualquer atividade ligada ao futebol, por “abuso de posição”, “conflito de interesses” e “má gestão”, e Platini recebido uma punição de quatro anos.
Segundo a legislação suíça, a fraude simples tem uma moldura penal de até cinco anos de prisão ou uma punição pecuniária.
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