O Brasil é o maior exportador mundial de futebolistas, com 1.219 jogadores a atuar no estrangeiro, sendo Portugal o principal destino dos brasileiros, revelou hoje o Observatório do Futebol (CIES, na sigla em inglês).
Segundo o relatório do CIES, que analisou 2.198 equipas em 135 campeonatos de todo o mundo, em 01 de maio o Brasil tinha mais 42 futebolistas a jogar no estrangeiro do que em 2017.
Dos brasileiros a atuar fora do país, quase 19% - 231 - estão nas três primeiras divisões do futebol em Portugal. Esta rota é mesmo descrita pelo CIES “a principal rota migratória do futebol” a nível mundial.
O Brasil conta ainda com 79 jogadores a atuar no Japão, 50 em Itália, 42 nos Emirados Árabes Unidos e 40 em Espanha.
A França, que surge em segundo lugar no 'ranking', registou a maior subida, tendo atualmente 978 jogadores em ligas no estrangeiro, mais 208 do que há cinco anos.
Só as três primeiras divisões do futebol em Portugal contam com 39 jogadores franceses.
O relatório admite mesmo que, “num futuro não muito distante, a França poderá tornar-se o principal exportador de futebolistas” do mundo.
A Argentina ficou na terceira posição, com 815, seguida da Inglaterra, que tem 525 futebolistas no exterior, sobretudo nos outros campeonatos do Reino Unido e da Irlanda, sublinhou o CIES.
O relatório referiu ainda que o quinto lugar da Alemanha, com 441 jogadores, deve-se principalmente aos jogadores de origem turca que partem para o campeonato da Turquia.
Portugal surge no 13º lugar com 300 futebolistas a atuar em 52 ligas estrangeiras, mais 65 do que há cinco anos.
Inglaterra é o principal destino dos portugueses, com 31 jogadores, seguindo-se a Turquia, com 23, e a Polónia e a Espanha, ambos com 22.
Quanto aos restantes países lusófonos, Portugal é o principal destino, sendo que Angola conta com 14 futebolistas no estrangeiro, assim como Cabo Verde. Moçambique tem 11 e a Guiné-Bissau 10.
Desde 2017, o número total de futebolistas a atuar em ligas fora do seu país de origem aumentou em quase 2.000, atingindo 13.929.
Além da França, os maiores aumentos nos últimos cinco anos registaram-se entre os holandeses (mais 137) e colombianos (mais 124) a jogar no estrangeiro.
Destaque ainda para um crescimento de 86% no número de futebolistas da Venezuela a atuar em ligas no exterior e de 51% no número de austríacos.
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