Patrice Edouard Ngaissona, chefe das "milícias anti-Balaka", um grupo armado da República Centro-Africana, foi eleito esta sexta-feira membro do Comité Executivo da Confederação Africana de Futebol (CAF), depois do voto da assembleia geral da entidade, reunida em Casablanca.

A candidatura de Ngaissona recebeu 30 votos, enquanto 23 foram para o gabonês Pierre Alain Mounguengui, que também disputava o assento reservado à zona central da África (República Centro-Africana, Camarões, Congo, Gabão, Chade, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe) na CAF.

Ngaissona, atual presidente da Federação Centro-Africana de Futebol, levantou-se sorridente após a contagem de votos e recebeu os parabéns dos seus companheiros.

As milícias anti-Balaka fizeram parte da crise político-militar que abalou a República Centro-Africana entre 2013 e 2015.

Patrice Edouard Ngaissona não pôde participar das eleições presidenciais no seu país em 2015 devido às acusações sobre seu papel ativo nessas violentas revoltas.