O dono do Beitar Jerusalém confessou que recebeu ameaças da claque ultra-nacionalista "La Familia", claque oficial do emblema israelita, por ter contratado um jogador cujo nome tem associações à religião muçulmana.

O clube da capital de Israel anunciou a contratação de Ali Mohamed, jogador que esteve em destaque na última temporada ao serviço do Maccabi Netanya.

No entanto, nem todos ficaram contentes com esta contratação. A referida claque exigiu, através de uma publicação na rede social Facebook, ao jogador uma mudança de nome. Isto porque Mohamed é uma referência a Maomé, profeta da religião muçulmana, e com quem o estado judaico se encontra em conflito.

"Depois de incontáveis ​​investigações e verificações sobre a identidade do jogador Ali, nós anunciamos que não temos nenhum problema com esse jogador, já que ele é um cristão devoto. Mas nós temos um problema com o nome dele", sublinha a referida claque

Os adeptos sugeriram mesmo que o jogador adoptasse uma alcunha para utilizar na camisola, mas o Beitar Jerusalém recusa ceder a qualquer tipo de pressões.

"Estamos orgulhosos de ter contratado Ali Mohamed, o melhor jogador estrangeiro da liga", afirmou o clube através da mesma rede social.

"Nós lemos as reações e ameaças após a transferência de Ali Mohamed e não vamos permitir que uma minoria manche a reputação do clube", lê-se na mesma publicação.