A Confederação Sul-americana de Futebol (CONMEBOL) recusou o pedido do governo colombiano para adiar a Copa América de 2020, que, desta forma, deixa de ter o país como anfitrião dos 15 jogos previstos, incluindo a final.
A 47.ª edição da principal competição sul-americana de seleções está prevista para o período entre 13 de junho e 10 de julho, praticamente em simultâneo com o Euro2020, e seria pela primeira vez organizada por dois países, Colômbia e Argentina.
“O governo da Colômbia pede formalmente à CONMEBOL, através da Federação Colombiana de Futebol (FCF), o adiamento da Copa América”, afirmou o ministro dos Desportos, Ernesto Lucena, após uma reunião com o presidente colombiano, Iván Duque, sugerindo que fosse reagendado para o final do ano.
Além da pandemia de covid-19, os responsáveis colombianos temem pela realização do torneio na sequência das manifestações contra o governo, duramente reprimidas pelas forças de segurança, que se iniciaram em 28 de abril e provocaram, até hoje, pelo menos, 42 mortos (41 civis e um polícia) e mais de 1.700 feridos.
Ernesto Lucena explicou que “o mais importante num evento desta magnitude é a presença do público”, lamentando que “essa impossibilidade faz com que a Copa América não seja o evento com que todos sonham”.
Pouco mais de uma hora depois destas declarações, a CONMEBOL recusou o pedido colombiano, considerando-o inviável “por motivos relacionados com o calendário internacional de competições e devido à logísticas da competição”.
Em comunicado, o organismo que rege o futebol sul-americano agradeceu “o entusiasmo e empenho” demonstrados pelo presidente Iván Duque e todos os seus colaboradores, preparando-se para reagendar os jogos da Copa América para a Argentina, que acolhe a competição pela nona vez e deverá ser o único anfitrião.
A Colômbia deveria acolher um total de 15 jogos, incluindo o Grupo B e a final, nas cidades de Barranquilla, Bogotá, Cali e Medellín.
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