Uma proposta de 25 mil milhões de dólares de investidores para reformular o Mundial de Clubes de futebol, apoiada pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino, foi descartada, confirmaram nesta quinta-feira fontes concordantes.
Infantino defendia há meses a necessidade de reformular o Mundial de Clubes, que se disputa anualmente em dezembro com sete participantes. A ideia era ampliar a competição para 24 clubes e que ela passasse a ser disputada a cada quatro anos a partir de 2021.
Um grupo de investidores, que não teve o nome revelado pela FIFA, mas que diversas fontes afirmam ser do Japão e do Médio Oriente, tinha apresentado uma proposta de 25 mil milhões de dólares para investir nesse novo Mundial de Clubes e também numa Liga Mundial de Nações, outro projeto de Infantino.
"A proposta de investidores em relação ao Mundial de Clubes ampliado foi descartada. Se o princípio deste Mundial de Clubes ampliado for aprovado em março em Miami, será comercializado de maneira tradicional, recorrendo a uma licitação", afirmou à AFP uma fonte próxima ao tema.
Este grupo de investidores poderá eventualmente apresentar uma nova proposta se o processo tradicional for seguido, completou outra fonte.
O anúncio foi realizado nesta quinta-feira numa reunião em Zurique da 'Stakholders Committee', que reúne representantes das confederações, dos clubes, das ligas e dos jogadores, e que é presidida pelo canadiano Victor Montagliani, presidente da CONCACAF. Infantino não participou da reunião.
O projeto de Infantino foi apresentado em outubro em Kigali, numa reunião do Conselho da FIFA, que gere o futebol no mundo. Mas o presidente da FIFA não conseguiu aprovar a mudança no Ruanda devido à forte oposição que encontrou, principalmente da UEFA, que denunciava um projeto precipitado e pouco transparente.
O Conselho da FIFA vai reunir-se novamente nos dias 14 e 15 de março em Miami, quando o projeto de ampliar o Campeonato do Mundo do Qatar em 2022 de 32 para 48 seleções participantes também deverá ser submetido a votação.
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