Diego, antigo jogador do FC Porto entre 2004 e 2006 e internacional pelo Brasil, abordou a situação da seleção brasileira que desiludiu na estreia na Copa América com um empate a zero com a Costa Rica. O ex-médio, agora com 39 anos, comparou a fase do Brasil com a da Argentina há uns anos, classificando ambas como um momento de transição.
“O Brasil e a Argentina são duas equipas muito fortes. O Brasil é cinco vezes campeão mundial. Não é preciso falar do peso que tem esta camisola, o que se está a passar agora é um processo natural. As seleções passam por momentos de dificuldade, de mais confiança, de menos confiança, de transição, de saídas de veteranos e chegadas de jovens promessas. O que a Argentina passou na década passada é o que está a acontecer agora no Brasil” explicou, em entrevista ao jornal "As".
Ainda assim, acredita que ambas são fortes candidatas a conquistar o título. “Eles vão ter sempre uma expectativa muito alta, porque têm muita qualidade e muitas opções para fazer uma equipa forte. Eu tenho a Argentina como uma das favoritas e o Brasil, naturalmente, também. Depende do momento que vivam, mas são duas seleções que, apesar de estarem mal nestes períodos, são sempre candidatas a ganhar qualquer torneio que disputem”.
Já sobre os jogadores presentes na convocatória, Diego considera que Vinícius Jr. é candidato sério à Bola de Ouro, depois de ter vencido a Liga dos Campeões e a La Liga. “Sim, Vini merece a Bola de Ouro pelo que tem feito. Não só individualmente, coletivamente também. É um jogador que está pronto para ser o líder. Superou muitas dificuldades e no final brilhou como pessoa e como jogador. Teve resultados muito bons no Real Madrid e em termos individuais. Está pronto para ser o líder do Brasil. Seguramente que vai jogar muito bem sem Neymar, mas quando estiver Neymar, ainda será melhor. Os bons jogadores ajudam-se entre eles e quando eles estiverem juntos, serão imparáveis”, assumiu Diego.
A finalizar analisou o momento de Endrick, que acredita estar pronto para a titularidade, apesar de ainda só ter 17 anos. “Creio que Endrick está pronto para ser titular, caso Dorival assim o decida. Em todos os jogadores, os resultados falam mais alto do que a idade, independentemente da que tenham. Nos últimos jogos, Endrick jogou muito bem. Vem de jogar numa equipa que pressiona muito, como o Palmeiras e o que jogar é mais importante do que a sua idade. Se o selecionador achar que o Endrick dá em campo é suficiente para ser titular, ele tem de o ser. Não importa se tem 17, 18 ou 30 anos, se está bem, tem de jogar, mas a última palavra é do selecionador, concluiu.
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