A China condenou a prisão perpétua o antigo presidente da Associação Chinesa de Futebol (CFA) entre 2019 e 2023 Chen Xuyuan por corrupção.
Chen, que também foi vice-secretário do Partido Comunista Chinês (PCC) na CFA, foi considerado culpado de aceitar mais de 81 milhões de yuan (10,3 milhões de euros) em subornos ao longo de 13 anos, de acordo com o veredicto do tribunal.
A sentença, proferida pelo Tribunal Popular Intermédio de Huangshi, na província de Hubei, inclui a interdição vitalícia dos direitos políticos e a confiscação de todos os bens pessoais.
O tribunal determinou que todo o dinheiro obtido ilicitamente foi recuperado.
De acordo com a investigação, Chen aproveitou a posição na CFA e noutras entidades públicas para favorecer terceiros em troca de subornos.
Estas práticas terão ocorrido entre 2010 e 2023, altura em que também foi presidente do conglomerado Shanghai International Port, proprietário do atual campeão da Superliga (CSL), o Shanghai Port, causando graves prejuízos à indústria do futebol na China.
O tribunal reconheceu que Chen cooperou com as autoridades e confessou os crimes, o que foi considerado um fator atenuante na sentença.
Nos últimos anos, as autoridades chinesas detiveram ou iniciaram investigações contra o presidente da CSL, o diretor-adjunto da Administração Geral dos Desportos e até Li Tie, antigo treinador da seleção nacional e antiga estrela do futebol chinês que jogou no Everton, em Inglaterra.
Li foi acusado de crimes de corrupção, incluindo suborno, em 2022.
Em outubro, a CFA escolheu Song Kai como novo presidente, em substituição de Chen, que, perante os casos de corrupção, prometeu tornar a associação "mais aberta e transparente".
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