Os adeptos do Fenerbahçe, clube treinado pelo português Jorge Jesus, estão proibidos de marcar presença na visita sábado ao Kayserispor, em jogo da Liga turca de futebol, por decisão da Junta de segurança de Kayseri.
A tomada de posição dos responsáveis acontece depois de na última jornada os adeptos do Fenerbahçe - à semelhança do que fizeram, posteriormente, os do Besiktas – terem pedido a demissão do governo, face aos mais de 45.000 mortos resultantes do sismo que afetou o sudeste do país.
“Não podemos aceitar esta decisão. É uma decisão estranha, que não tem nada a ver com critérios desportivos. Convidamos os responsáveis a recuarem neste erro”, lamentou o Fenerbahçe, em comunicado.
No sábado, na goleada em casa ao Konyaspor (4-0), os adeptos pediram, com cânticos, a demissão do governo liderado há 20 anos por Recep Tayyip Erdogan, criticando a falta de coordenação e a gestão ineficiente após os sismos no sul e centro da Turquia e norte e oeste da Síria.
Os protestos no jogo do Fenerbahçe foram seguidos no dia seguinte, no domingo, pelos adeptos do rival Besiktas, com milhares a entoarem as mesmas palavras “governo, demissão”, num jogo em que atiraram milhares de brinquedos e peluches para o relvado, em homenagem às crianças vítimas do sismo.
Em resultado, alguns adeptos do Besiktas foram detidos e o líder do partido de ação nacionalista, aliado de Erdogan, pediu que os jogos se realizem sem adeptos, caso continuem os protestos.
O campeonato turco é liderado pelo Galatasaray, com 54 pontos, seguido do Fenerbahçe, com 48, e do Besiktas, com 40.
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