A FIFA vai assumir temporariamente a gestão da Confederação Africana de Futebol (CAF) a partir de agosto e durante seis meses, com o objetivo de assegurar a transparência da entidade que regula o futebol africano.
“Chamei a FIFA para me ajudar a clarificar toda esta situação”, começou por dizer à agência EFE o presidente da CAF, Ahmad Ahmad, que há duas semanas foi ouvido no âmbito de uma investigação judicial a crimes de associação criminosa, corrupção, abuso de confiança e falsos testemunhos.
Ahmad Ahmad ressalvou que a FIFA “não vai assumir o controlo da CAF” e que esta decisão tem como objetivo comprovar a inexistência de corrupção na organização africana: “Não existe corrupção na CAF, só que a imprensa continua a afirmar o contrário.”
O acordo entre as duas entidades foi anunciado hoje, véspera do arranque da Taça das Nações Africanas (CAN), após ter sido aprovado por unanimidade durante uma reunião do Comité Executivo da CAF, que teve lugar no Cairo, no Egito, país que vai acolher a prova.
A secretária-geral da FIFA, a senegalesa Fatma Samoura, vai liderar a CAF em representação do organismo máximo do futebol mundial, a partir de 01 de agosto e durante seis meses, sendo que este acordo será renovável, caso a FIFA e a CAF assim o entendam.
Fatma Samoura trabalhará juntamente com o presidente da CAF e restante equipa diretiva, tendo, entre outras funções, a gestão do organismo, incluindo o controlo interno e administrativo do mesmo.
O presidente da CAF, Ahmad Ahmad, foi libertado há duas semanas sem acusação formalizada ou pedido de caução, depois de ter sido interrogado pelas autoridades francesas.
Segundo a revista Jeune Afrique, Ahmad foi interrogado sobre “a quebra unilateral por parte da CAF do contrato com o fabricante alemão de equipamentos Puma”.
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