O governo do Gana anunciou hoje ter decidido tomar “medidas imediatas” para dissolver a Federação Ganesa de Futebol, após revelações que dão conta de suspeitas de corrupção de dirigentes e árbitros.
Num documentário exibido recentemente no país, resultante de uma investigação de mais de dois anos, o presidente da federação é implicado em vários alegados delitos de corrupção, envolvendo milhões de dólares de subornos.
De acordo com o ministro da informação do Gana, Mustapha Abdul-Hamid, o executivo ficou “chocado e indignado” com as revelações.
A federação, por seu turno, veio também vincar o seu empenho em adotar “medidas imediatas” para lutar contra a corrupção, afirmando levar “muito a sério” as acusações divulgadas.
No documentário, Kwesi Nyantakyi surge a propor a supostos investidores (na realidade jornalistas) o pagamento de 11 milhões de dólares (9,3 milhões de euros) para facilitar o acesso a responsáveis do executivo ganês que permitiriam a obtenção de contratos em domínios como a agricultura, a construção ou o petróleo.
Na sequência das revelações, o Gana arrisca perder a possibilidade de votar para a organização do Campeonato do Mundo de 2026.
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