Acabado de rescindir o contrato que o ligava ao Olympiacos, o veterano lateral esquerdo brasileiro Marcelo concedeu uma extensa entrevista ao programa 'Diários de Bicicleta', da cadeia televisiva ESPN, na qual falou de Cristiano Ronaldo, com quem jogou durante várias épocas no Real Madrid.

"Quando começamos a jogar futebol, sabemos que não dura para sempre. É claro que ele já não tem a velocidade que tinha, mas ainda consegue jogar em qualquer equipa do Mundo. Sempre deu o máximo às suas equipas. Estamos a falar de um jogador que passou 17 anos seguidos no onze ideal da FIFA", sublinha o internacional brasileiro, de 34 anos.

Marcelo falou também dos jogadores com que jogou e que mais o surpreenderam com a sua qualidade. "Tive a sorte de jogar no Real Madrid com alguns dos melhores. Os que mais me surpreenderam são estes três: Toni Kroos, Rodrygo e Modric. Kroos porque nunca sei o que se passa na sua cabeça...parece que está no seu mundo e de repente faz uns controlos de bola que são incríveis, consegue driblar, tem um controlo dos jogadores que aparecem por trás...nunca vi tinha visto nada como isso. Rodrygo é o típico jogador que nasceu com dotes naturais, faz uns dribles com o corpo...é um falso lento, porque é muito rápido com bola. E o Modric...não há palavras. Não dá para imaginar o que o Luka vai fazer. Um dia, o Rodrygo, o Lucas Vásquez e eu estávamos no banco e o Luka entra pelo meio e recupera uma bola no canto, cercado de adversários...driblou-os sem sequer tocar na bola e o jogador que o estava a marcar nem sabia onde estava...".

Quanto a treinadores, Marcelo também destaca alguns e não esquece José Mourinho. "As melhores conversas eram as de Mourinho, um treinador especialista em meter-se na tua cabeça. A mim, fez-me passar a jogar de forma mais agressiva, a lutar mais... Na gestão do grupo, destaco o Zidane, porque houve uma época em que Kiko Casilla fez 25 jogos e o Keylor Navas ria-se no banco. Punha toda a gente contente! De Ancelotti levei a sua maneira de ser tranquila. Fazíamos um golo e estávamos sempre tranquilos!", explicou.