O presidente honorário do Bayern de Munique, Uli Hoeness, alertou na quinta-feira (16) para o risco de a Arábia Saudita aproveitar a sua saúde financeira para conseguir o "domínio" mundial no futebol.
"Os sauditas parecem decididos a, quem sabe, dominar o futebol mundial. Tentam comprar estrelas mundiais e também construir uma autêntica estrutura para o futebol" no país, sublinhou Hoeness, em entrevista ao canal de televisão 'RTL'.
Para o antigo jogador alemão, de 71 anos, o projeto saudita é muito diferente daquele lançado pela China há alguns anos e que rapidamente perdeu força.
"Outro elemento que a China não teve: há claramente dinheiro sem limite, que devemos financiar pagando as nossas contas do petróleo [importado da Arábia Saudita]", alertou Hoeness.
Para o dirigente, o mundo do futebol, na Europa em geral e na Alemanha em particular, deve apostar na formação de jovens talentos para fazer frente a esta investida.
Os sauditas "só podem jogar com 11 jogadores", apontou. "Graças a um bom trabalho com as gerações mais jovens, devemos desenvolver os nossos próprios jogadores".
Desde a chegada de Cristiano Ronaldo ao Al-Nassr, os clubes da liga saudita contrataram uma série de estrelas consagradas, como Karim Benzema, Neymar e Sadio Mané.
A Arábia Saudita será sede do Mundial de Clubes da FIFA, em dezembro, da Taça da Ásia em 2027 e é candidata única a organizar o Campeonato do Mundo de 2034.
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