Os promotores da Superliga de futebol exaltaram hoje a queda do monopólio da UEFA, após o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) ter decidido que aquele organismo e a FIFA não têm legitimidade para proibir novas provas.

“Ganhámos o direito de competir. O monopólio da UEFA acabou. O futebol é livre Os clubes já não vão sofrer ameaças e sanções e estão livres para determinar o seu próprio futuro”, reconheceu nas redes sociais o alemão Bernd Reichart, diretor executivo da A22 Sports Management, companhia que apresentou o projeto original da Superliga em 2021.

O TJUE considerou hoje contrária à legislação europeia a decisão da FIFA e da UEFA de proibirem atletas e clubes de participarem em competições privadas, sublinhando que os dois organismos abusaram de uma “posição dominante” na sua ação contra a criação da controversa Superliga, que foi inviabilizada em 2021 e recuperada em fevereiro de 2023.

“Para os adeptos: vamos emitir de forma gratuita todos os desafios da Superliga. Para os clubes: as receitas dos clubes e os pagamentos em solidariedade com o futebol estarão garantidos”, vincou o dirigente, sobre uma decisão judicial sem possibilidade de recurso.

O projeto de competição privado e fechado tinha sido lançado em abril de 2021, mas ruiu em apenas 48 horas, perante a oposição proveniente de diversos quadrantes, desde as estruturas da modalidade até aos governos nacionais, passando pelos próprios adeptos.

Em outubro de 2022, foi criada a empresa A22, promotora do projeto, que continua a ser apoiado pelos espanhóis do FC Barcelona e do Real Madrid e os italianos da Juventus, enquanto os outros nove de 12 clubes fundadores já desistiram de uma futura Superliga.

O plano regressou em fevereiro de 2023, sob novos princípios e um modelo com 60 a 80 clubes, que fosse aberto, sem membros permanentes e alicerçado no mérito desportivo.