O clube de futebol Shakhtar Donetsk iniciou no sábado uma série de jogos de beneficência, no âmbito de uma “Digressão Global pela Paz”, apoiada pelo governo ucraniano.

A digressão visa arrecadar dinheiro para os militares da Ucrânia na guerra contra a Rússia, e também ajudar os refugiados ucranianos deslocados pela invasão.

O primeiro jogo foi uma derrota por 1-0 frente ao líder da primeira divisão grega, o Olympiakos, orientado pelo treinador português Pedro Martins.

Durante o jogo, os jogadores do Shakhtar Donetsk usaram camisolas com os nomes de cidades ucranianas bombardeadas por forças russas, incluindo Mariupol, no sul da Ucrânia, que está há semanas cercada pelo exército da Rússia.

Clubes de futebol de toda a Europa, incluindo em Portugal, têm-se oferecido para jogar contra clubes da Ucrânia e receber jogadores jovens ucranianos, após as competições desportivas no país terem sido suspensas devido à invasão russa, a 24 de fevereiro.

Desde então, o único jogo oficial a envolver uma equipa ucraniana aconteceu na quinta-feira, com o Sporting venceu o Dinamo Kiev, por 2-1, em Bucareste, na Roménia, em partida dos quartos de final da UEFA Youth League de futebol.

Desde 2014, quando separatistas apoiados pela Rússia declararam a independência da região do Donbass, no leste da Ucrânia, que o Shakhtar foi obrigado a mudar-se da cidade onde foi fundado, em Donetsk.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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