O jornal ‘New York Times’ deu a conhecer algumas linhas gerais do novo regime de 'fair play' financeiro da UEFA. O modelo, intitulado de 'Regulamento de Sustentabilidade Financeira', irá a votação no próximo dia 7 de abril. Se for aprovado, entrará em vigor na próxima temporada.

De acordo com a publicação norte-americana, não será colocado um teto salarial aos clubes, sendo antes criado um parâmetro-chave baseado em receitas e custos com o pessoal, que será calculado com base no custo do plantel, taxas de transferência, salários e outras despesas relacionadas.

Os clubes não poderão gastar mais do que 70 por cento das suas receitas, uma alteração que gerou alguma discórdia aquando da sua discussão com os clubes. Os emblemas mais ricos, habituados a investir as vastas fortunas dos seus proprietários, pretendiam que o limite subisse para os 85 por cento, enquanto outros, onde se incluíam os alemães, defenderam um limite ainda mais apertado que os 70 por cento.

Ainda assim, haverá um período de transição, que durará três épocas, e que se iniciará, provavelmente já em 2022/23, com o limite nos 90 por cento, baixando 10 por cento em cada uma das temporadas seguintes até aos 70 por cento. Os clubes que não violarem essas regras poderão contar com uma margem-bónus de cerca de nove milhões de euros acima da percentagem permitida.

Outra mudança está relacionada com as sanções atribuídas aos clubes incumpridores. Por exemplo, a UEFA terá agora a possibilidade de despromover equipas entre as suas três provas europeias. Ou seja, um emblema incumpridor que esteja na Liga dos Campeões poderá cair para a Liga Europa ou, caso já esteja na segunda prova da UEFA, ser relegado para a Liga Conferência Europa.

Um maior escrutínio aos acordos de patrocínio, sob o qual alguns clubes têm, alegadamente, aumentado as suas receitas de forma ilegal, também está previsto no novo modelo.