A deslocação do Real Madrid à Catalunha para defrontar o Girona está a deixar apreensivas as forças de segurança espanholas, devido à tensão política que se vive na cidade condal.
O Real Madrid não sabe o que irá encontrar e está a adotar medidas de segurança para minimizar os riscos no domingo, dia em que defronta o Girona no Motilivi, em jogo da 10.ª ronda da Liga Espanhola.
Para já, a única medida adotada é a comitiva não se fazer transportar no autocarro oficial do clube. Os responsáveis de segurança dos merengues não querem expor em demasia a equipa, já que o autocarro está coberto com imagens e emblemas do clube, com mais de dois metros, ou seja, é facilmente identificável. Isso poderia provocar alguma tensão ao passar pelas ruas da Catalunha até ao estádio Motilivi, palco do encontro. Também para o clássico com o Barcelona no Camp Nou, a segurança do Real Madrid desaconselha a utilização do autocarro oficial do clube.
Outra razão para não utilizar o autocarro oficial da equipa, de acordo com o jornal ´Marca`, prende-se com o facto de o mesmo ter que estar em Londres na próxima semana, quando o Real Madrid defrontar o Tottenham, na 4.ª ronda da Champions. Do ponto de vista logístico ter o autocarro em Girona e depois em Londres acarretaria outros encargos.
A comitiva merengue tem prevista viajar de avião para Girona no próximo sábado às 19h00 de Espanha, mas o plano da viagem pode sofrer alterações, devido a tensão política que se vive na Catalunha.
"Há muita incerteza. Não sabemos o que vai acontecer daqui a três dias", disse uma fonte do Real Madrid ao jornal ´Marca`.
O Real Madrid não sabe o que irá acontecer até domingo e que forças de segurança vão estar na Catalunha: se os Mossos de Esquadra (polícia da região), se a Polícia Nacional ou a Guarda Civil. Até lá, pode ser aplicado o artigo 155 da constituição espanhola, que determina, entre outros, que o Governo Central atue sempre que achar que uma região autónoma de Espanha interrompa o cumprimento da Constituição, ou coloque em causa o interesse geral espanhol. Isto no caso de o governo regional da Catalunha declarar a independência do território.
Por agora, são os Mossos de Esquadra quem estão encarregues do dispostivo de segurança do jogo e, para já, tudo está a desenvolver-se dentro da normalidade, constata a Marca.
Carles Puigdemont, presidente do governo regional da Catalunha, é adepto do Girona, ele que nasceu nessa cidade. Até agora, não confirmou se vai marcar presença no jogo.
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