O Barcelona vai recorrer da decisão da FIFA, que hoje proibiu o clube de inscrever novos futebolistas durante um ano devido a infrações “graves” na contratação de 10 menores, acusação que os catalães refutaram em comunicado.
Segundo informou a equipa catalã na sua página oficial, “o Barcelona vai apresentar recurso diante da FIFA e, posteriormente, submeterá a resolução resultante ao arbítrio do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS)”, indicando que também solicitará as “oportunas medidas cautelares que preservem os direitos do clube, entre os que está compreendida a contratação de jogadores, durante os períodos de transferência”.
O “Barça” refutou em 14 tópicos a decisão da instância que gere o futebol mundial, que proibiu hoje o clube de inscrever novos jogadores durante um ano, devido a infrações “graves” das regras no processo de contratação de 10 jogadores menores.
“Todos os jogadores do Barcelona sempre tiveram em ordem e em dia as suas licenças federativas, segundo as exigências das federações correspondentes”, garantiu o clube, acrescentando que cumpre o modelo de “La Masía”, que engloba “programas de formação educativa, permanência, manutenção, assistência médica, atenção às necessidades dos menores e planos de desenvolvimento desportivo”.
De acordo com a defesa catalã, o “Barça” forma pessoas, antes de formar desportivas, algo que não foi tido em conta pela FIFA, que acusa de ignorar a “função educativa” do programa de formação “culé”.
Recordando que não incumpriu nenhuma legislação civil, que todos os menores são residentes legais em Espanha e que o seu modelo de formação ajuda as famílias de muitos jogadores, o Barcelona lembra que desde que foi aberto o processo nenhum dos menores envolvidos voltou a jogar, pelo que não foi violada nenhuma regra.
Os catalães destacam ainda o facto de alguns dos jogadores afetados pela decisão da FIFA também terem sido convocados pela Federação Catalã de Futebol para participar nos campeonatos da região autónoma com a seleção catalã.
A Comissão Disciplinar da FIFA considerou graves as infrações na utilização de 10 jogadores menores de idade e decidiu sancionar o clube “com a interdição de efetuar transferências, tanto a nível nacional, como internacional, por dois períodos consecutivos”, o que equivale a uma época.
O Barcelona foi ainda multado em 450.000 francos suíços (perto de 360.000 euros) e a FIFA deu o prazo de 90 dias ao campeão espanhol para “regularizar a situação de todos os menores envolvidos”, que representaram o clube catalão entre 2009 e 2013.
Além dos catalães, a FIFA considerou também responsável a Federação Espanhola de Futebol (RFEF), por ter autorizado o registo dos jogadores.
A RFEF foi multada em 500.000 francos suíços (410.000 euros), estando obrigada a adaptar os seus regulamentos em matéria de transferências de futebolistas menores aos padrões internacionais no prazo de um ano.

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