O presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luís Rubiales, pretender obter junto da banca um financiamento de 500 milhões de euros para os clubes da primeira e segundas divisões, devido à crise existente com a Covid-19.
“Queremos estender a mão ao futebol profissional. Estamos na disposição de nos sentarmos com a Liga e procurar financiamento para os clubes com problemas. Vão existir clubes que não recebem totalmente o dinheiro da televisão, e, por isso, vamos trabalhar numa linha de 500 milhões de euros para enfrentar as dificuldades e num financiamento a quatro, cinco ou seis anos”, disse o dirigente.
Além da ‘ajuda’ aos clubes profissionais, a RFEF anunciou ainda uma linha de subsídios para o futebol não profissional, que irá até aos quatro milhões de euros.
Para o futebol profissional, Rubiales considera que é possível pedir crédito aos três ou quatro bancos mais importantes de Espanha.
“Daremos como aval os direitos dos clubes (…). É uma solução prática e resolve um problema dos clubes da primeira e segundas divisões”, acrescentou Luís Rubiales, que concorre, em eleições agora sem data marcada, com Iker Casillas à liderança da RFEF.
O dirigente insistiu ainda que todas as competições estão suspensas e que a prioridade não é encontrar datas para realizar os jogos, mas ajudar o país em relação à situação que se vive, com Espanha a ser já o segundo país com mais mortes (3.434 pessoas) devido à pandemia da Covid-19.
“Não queremos fazer esquemas ou pensar em datas. A época deve ser concluída, seja quando for. Não temos prazos, e se tivermos datas veremos o que fazer”, adiantou o responsável federativo.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 428 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 19.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 226.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.820 mortos em 69.176 casos registados até terça-feira, seguido de Espanha, com 47.610 casos e 3.434 mortes.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Em Portugal, há 43 mortes e 2.995 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista 633 novos casos em relação a terça-feira. Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.
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