José Luis Pérez Caminero, diretor desportivo do Málaga e antigo jogador espanhol, confessou esta segunda-feira estar ligado a ações de branqueamento de capitais provenientes do narcotráfico. Em 2013, o Ministério Público espanhol pediu uma pena de quatro anos de prisão e uma multa de quatro milhões de euros ao, na altura, Diretor Desportivo do Atlético de Madrid.
No entanto, José Luis Pérez Caminero e o Ministério Público espanhol chegaram esta segunda-feira a acordo e o diretor desportivo do Málaga aceitou uma pena de quatro meses de prisão e o pagamento de uma multa de 17.237 euros.
O caso
Em junho de 2012, o juiz Gregorio Maria Callejo tinha iniciado a instrução do processo relativo a uma rede que, a partir da capital espanhola, se dedicava a "lavar" dinheiro de narcotráfico e terá feito circular ilegalmente 60 milhões de euros
Na altura, o juiz concluiu pela existência de "fortes indícios" que "uma organização colombiana e uma outra, mexicana, dedicadas ao tráfico de droga, que branqueavam dinheiro", a partir de uma bijutaria madrilena, e que Caminero integrava a rede criminosa.
Em 08 de junho de 2008, o dirigente terá transportado dinheiro de Madrid para Valladolid, onde um grupo de pessoas o ajudou a trocar o dinheiro numa entidade bancária, sendo detido pela polícia na posse de 58.500 euros em notas de 500 euros.
Perez Caminero contactava regularmente com um dos líderes da trama, Francis DS, com a finalidade de fazer "trabalhos de câmbio" de notas de pequeno valor por outras de valor mais elevado (notas de 200 e 500 euros). Em 2013, a acusação do Ministério Público espanhol pediu a abertura de um julgamento contra quinze pessoas por narcotráfico.
Entre os acusados incluem-se o dono da bijuteria usada como um centro de receção do dinheiro, um trabalhador de uma agência de câmbio, além dos gerentes de várias agências bancárias. O dinheiro apreendido pela Guarda Civil espanhola, referente a todos os montantes envolvidos, foi de 1.854.550 euros.
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