O Ministério Público espanhol arquivou o caso de racismo contra Vinícius Júnior, futebolista do Real Madrid, ocorrido em setembro. O avançado brasileiro foi vaiado pelos adeptos do Atlético Madrid no Wanda Metropolitano, que também entoaram cânticos racistas contra o jogador dos 'blancos'.
O incidente foi parar à justiça espanhola que optou por arquivar o caso.
O Ministério Público de Espanha classificou como "desagradáveis" e "desrespeitosas" as expressões "és um macaco, Vinícius és um macaco", mas sublinha que os mesmos não constituem crime porque "duraram apenas alguns segundos" e surgiram num contexto de "máxima rivalidade" entre os dois clubes.
O caso foi denunciado por Esteban Ibarra, presidente do Movimento contra a Intolerância, o que levou o Ministério Público espanhol a abrir um inquérito, que agora conclui que insultos racistas não podem ser atribuídos a ninguém em específico.
O MP entende que, uma vez contextualizada os insultos de natureza racista "os mesmos não podem ser vistos como um delito contra a dignidade" de Vinícius Júnior.
A Justiça espanhola defende o arquivamento do caso também pela grande rivalidade entre os dois clubes de Madrid.
No jogo que o Real Madrid venceu por 2-1, os adeptos do Atlético Madrid terão cantado “és um macaco, és um macaco” antes, durante e no final da partida em direção de Vinicius Júnior.
Antes, a Liga espanhola já tinha aberto um inquérito ao dérbi de Madrid, numa situação que levou mesmo à intervenção do primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, confesso adepto do Atlético, lamentando a inexistência de uma “mensagem forte contra esse tipo de comportamento” por parte do clube.
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