“A ilusão transformou-se em deceção. Estou dececionado por não ser capaz de conseguir os resultados que esperávamos, por não devolver a confiança e por não ter tido tempo para liderar este projeto”, afirmou o técnico, na conferência de imprensa de despedida, na cidade desportiva de Paterna.

Pako Ayestarán, de 53 anos, que em 2008/09 integrou a equipa técnica do Benfica, sob o comando de Quique Flores, reconheceu que “não esperava este final”.

“Tenho de enfrentar as circunstâncias. O mais importante é analisar os meus erros, que são os que devo corrigir. Estou convencido de que vou regressar não sei se ao Valência, mas a um clube deste nível”, frisou Pako Ayestarán, que antes do emblema de Nani e João Cancelo já tinha orientado os mexicanos do Santos Laguna e do Estudiantes Tecos e os israelitas do Maccabi Telavive.

O espanhol sucedeu a Gary Neville, a 30 de março último, depois de ter coadjuvado o inglês, e reiterou a sua confiança na superação desta fase, apesar das quatro derrotas iniciais.

“O clube não pensou o mesmo e eu respeito isso. Ninguém que é despedido considera isso justo, se pensas assim é porque não confias em ti. Tinha forças para reverter esta situação”, frisou.

Depois de ter sido quarto classificado em 2014/15, sob o comando de Nuno Espírito Santo, o Valência terminou o último campeonato em 12.º lugar.

Voro González, antigo 'capitão' do clube, comanda agora interinamente a equipa principal do Valência, tendo a imprensa desportiva espanhola avançado que Marcelino García, ex-treinador do Villarreal, e os portugueses André Villas-Boas e Marco Silva estão na lista de possíveis sucessores de Pako Ayestarán.