Em entrevista concedida quarta-feira à rádio Cadena Cope, o presidente do clube madrileno afirmou que, “com o tempo, toda a gente vai concluir que o trabalho [de José Mourinho] nos últimos três anos foi muito positivo”, apesar desta terceira época sem qualquer título.

Florentino Perez apontou para as três vezes que Mourinho conduziu o Real Madrid até às meias-finais da Liga dos Campeões, depois de vários anos a travar nos oitavos de final.

Mesmo assim, lamentou que, em três tentativas, os “merengues” não tivessem sido brindados com alguma sorte para atingir a final da “Champions”.

Insistindo no «salto qualitativo» da equipa, Perez também falou de uma campanha «insuficiente», em virtude da exigência que «está intrínseca» ao clube de Madrid.

Mantendo que o balneário estava “unido”, o presidente do Real explicou que na última conversa com o treinador português ambos admitiram que começava a pesar o “desgaste” natural de três anos no comando técnico do clube.

«Entendemos que o melhor era encerrar esta etapa. Mourinho estava também um pouco desiludido pelos resultados obtidos este ano, que não foram os esperados», afirmou o dirigente.

Na mesma entrevista, Florentino Perez negou qualquer acordo com o treinador Carlo Ancelotti, que tem ainda mais um ano de contrato com o Paris Saint-Germain, clube que acaba de sagrar-se campeão francês.

Com Ancelotti, que terá sido um dos alvos do clube em 2005 e 2009, vinculado aos parisienses, Florentino Perez acrescentou que outros técnicos mostraram interesse no lugar de treinador dos “merengues” por intermédio dos seus empresários.

Sobre o brasileiro Neymar, que assinará na próxima semana pelo rival FC Barcelona, Florentino Perez admitiu que o Real também esteve na corrida ao jogador do Santos, mas explicou que a operação «seria extremamente dispendiosa, pois chegaria aos 100 milhões de euros».

Quanto a Cristiano Ronaldo, Perez insistiu que a prioridade é renovar com o internacional português «para o clube continuar a contar com o melhor jogador do mundo», garantindo que não o venderá “nem por mil milhões”.