"Temos vários jogadores com características idênticas, o Paulo Assunção, o Cléber, o Camacho, da ‘cantera’, e o Raul Garcia, mas falta-nos um número 8 como o Tiago que saiba defender, mas também organizar jogo", disse Paulo Futre, uma das grandes figuras da história do Atlético de Madrid, ao qual continua ligado depois da sua carreira como jogador e director desportivo.
O antigo craque português aludiu a outra opção para o meio-campo que o treinador Quique Flores dispõe, a de Jurado, mas entende que este "é mais um n.º10", quando a equipa o que precisa neste momento "é de um nº 8, que saiba defender e atacar quando a equipa tem a bola".
Futre comentou ainda a péssima exibição de quarta-feira do Atlético de Madrid em Huelva, onde sofreu pesada derrota por 3-0, para a Taça do Rei, dando razão ao técnico Quique Flores que, no final do jogo, criticou duramente os jogadores pela sua "postura pouco profissional".
"Foi um puxão de orelhas justificado, pois ninguém estava à espera que os jogadores fizessem uma exibição tão pobre depois de terem ganho ao Sevilha dias antes para a Liga", referiu Futre, para quem os jogadores "entraram adormecidos e subestimaram o adversário".
Em relação aos efeitos da reprimenda de Quique Flores, Futre considera que esta "pode acicatar o orgulho dos jogadores" no sentido positivo ou "criar uma fractura" com o treinador, remetendo para "os próximos jogos uma resposta" a esta incógnita.
Finalmente, colocou de parte a hipótese, aventada recentemente pela imprensa portuguesa, de Simão Sabrosa rumar ao Benfica nesta reabertura de "mercado".
"Nesta altura está simplesmente fora de causa, visto que o Atlético de Madrid está quatro pontos acima da 'linha de água' e Simão é dos jogadores mais importantes do plantel, tal como Kun Aguero ou Forlán, mas no final da época tudo é possível", sublinhou.
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