“Não se pode ganhar no Bernabéu se não se enfrentar o jogo com esse objectivo. Quero que seja, basicamente, como a temporada passada, que entremos para fazer as coisas e não para esperar que elas aconteçam. Eles têm de ver que somos atrevidos”, disse Guardiola.

O técnico catalão, que em 2008/2009 venceu em Madrid por 6-2, frisou que a sua equipa está a encarar o clássico “como se fosse uma final”.

Guardiola não poupou elogios ao adversário, notando que foi o clube que mais dinheiro gastou esta época e foi formado “para ganhar tudo”, sendo que já só resta a Liga espanhola, após o adeus à Taça do Rei e à Liga dos Campeões.

“Todos são internacionais e de altíssimo nível. É uma equipa que, quanto te domina, domina-te bem, porque tem um jogo interior muito bom, com Xabi Alonso e Guti, quando joga. Também tem jogadores que jogam bem no espaço e marcam golos com facilidade e um guarda-redes muito bom”, explicou.

O técnico dos catalães lembrou ainda que o Real Madrid “ganhou os últimos 15 jogos na Liga”, tem “uma média de três golos por jogo nos encontros em casa” e é a melhor equipa em contra-ataque, depois do Valência: “Com espaço, Cristiano (Ronaldo) e Higuain podem-te matar”.

“Chegámos aqui a fazer certas coisas e amanhã (sábado) temos de as repetir. Voltámos a demonstrar do que é que somos capazes e há que demonstrá-lo em cada dia”, disse.

Do lado de Guardiola, está também um Lionel Messi em “enorme” momento de fora: “A Leo nunca lhe pedimos que seja decisivo. Por muito bom que seja, é incapaz de ganhar um encontro sozinho. Sabe que necessita dos companheiros e que os companheiros necessitam dele”.

Quanto ao Real Madrid, a arma principal é o português Cristiano Ronaldo: “É um jogador com umas faculdades e condições físicas portentosas. Tentaremos que participe o mínimo possível no jogo e afastá-lo da área”.

No que respeita ao futuro, Guardiola é da opinião que o campeonato não ficará resolvido: “Ainda ficarão 21 pontos por disputar e, aconteça o que acontecer, teremos de continuar a lutar”.