Daniel Kenedy foi punido em 108 euros pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. O técnico do Leixões foi punido por ter dado "instruções à sua equipa na área técnica de pé, de forma correta, tendo por várias vezes sido alertado pelo 4º árbitro – Nelson Cunha – que não o podia fazer". Isto é o que consta no relatório do árbitro Manuel Mota. A explicação é simples: Kenedy está inscrito como adjunto por não ter o curso exigido, logo, não pode estar de pé a dar instruções à equipa.

Este castigo foi criticado pelo presidente do Leixões. Contactado pelo jornal Record, Paulo Lopo, disse que o Leixões e o seu treinador foram alvo de um tratamento desigual, apesar de os clubes estarem avisados de uma maior exigência no que toca à formação dos técnicos a partir desta época.

O regulamento diz que "apenas o treinador principal pode, em permanência, transmitir instruções aos jogadores, [...] podendo os demais membros do banco transmitir-lhes instruções pontuais".

Nos campeonatos profissionais (I e II Ligas), há mais quatro técnicos na mesma situação de Kenedy. Pepa (Tondela), Ricardo Soares (Aves), Carlos Pinto (Santa Clara, II Liga) e Filipe Martins (Real Massamá, II Liga) estão inscritos como adjuntos por não possuírem os níveis exigidos pela Liga, mas até agora, nenhum deles foi multado por dar instruções.

E é isso que o Leixões contesta, por entender que, se Kenedy é multado por dar instruções à sua equipa, os restantes ‘falsos adjuntos’ não podem ser poupados.

De acordo com o Record, João Henriques é formalmente o treinador principal do Leixões junto da Liga, uma vez que detém o nível UEFA Pro (Grau IV). Daniel Kenedy tem o UEFA Basic (Grau II) que lhe permite estar inscrito como adjunto.