O Las Palmas deseja 11.000 adeptos nas bancadas no regresso do segunda divisão espanhola de futebol, com o presidente do clube a considerar que esta seria uma mensagem de “potente confiança” aos milhões de turistas nas Canárias.

Miguel Ángel Ramírez defendeu que a Gran Canaria tem todas as condições para voltar a ter futebol com público – no último mês, as ilhas, com 851.000 habitantes, registaram abaixo dos dois casos de covid-19 por dia -, pelo que confia que as autoridades o vão permitir.

“Se o governo das Canárias e ‘LaLiga’ estão de acordo a que joguemos com público, mas o Conselho Superior dos Desportos [CSD] não está, então jogaremos sem adeptos. Não queremos gerar nenhum conflito. Entendemos que isto é bom para Espanha e para as Canárias, mas se não acham isso, competiremos como o resto das equipas”, resignou-se.

Os 11.000 adeptos desejados em 13 de junho frente ao Girona constituem um terço da capacidade do estádio que, se receber todas as autorizações, teria de obrigar os fãs a usar máscara e luvas. Cada um dos adeptos teria também de contactar o clube 24 horas antes para saber qual a porta e hora de entrada, de forma a evitar-se aglomerações.

O dirigente espera que o CSD “veja o futebol mais além do próprio futebol”, contudo, se não for o caso, garante que não será o seu clube a “criar conflitos” na modalidade.

O Las Palmas recorda que, na fase 2, já estão abertos centros comerciais, cinemas, teatros e salas de concertos, com lugares que, em breve, aumentarão na fase 3 de desconfinamento, nível no qual as Baleares devem entrar na segunda-feira, 08 de junho, a cinco dias do seu jogo.

“Temos de mostrar ao mundo que as Canárias são não só um destino de sol e praia, mas também um destino seguro. A visibilidade que tem o futebol faz com que isto seja notícia mundial. Vai chegar aos nossos potenciais clientes e vai ajudar a reativar a nossa economia”, resumiu o presidente da equipa que ocupa a 14.ª posição da segunda divisão espanhola.

A Espanha já teve um total 27.127 óbitos, nenhum das últimas 24 horas, sendo o total de casos desde o início da pandemia de 239.628.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 372 mil mortos e infetou mais de 6,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios.