Está para durar a novela em torno da saída de Messi do Barcelona. O argentino entende que pode sair a custo zero neste mercado de inverno, de acordo com o que diz o seu contrato, o Barcelona tem uma leitura diferente e aponta para a cláusula de rescisão, de 700 milhões de euros, ou o cumprimento do contrato até junho de 2021.

Enquanto se discute quem tem razão, a Liga Espanhola já veio a terreno defender o Barcelona contra o craque argentino.

Num curto comunicado, a Liga diz ter analisado o contrato de Messi, depois de nos últimos dias surgirem várias interpretações, algumas contraditórias, em relação ao mesmo, e que o organismo considera que o contrato se mantém em vigor.

“O contrato encontra-se em vigor e tem uma cláusula de rescisão, a aplicar caso Lionel Andrés Messi decida pela extinção unilateral antecipada do mesmo”, começa por dizer a Liga.

Num segundo ponto, o organismo das competições profissionais esclarece que não será dada baixa do contrato se o jogador não pagar o valor da cláusula [fixada em 700 milhões de euros].

A saída do argentino seria um duro golpe para a Liga Espanhola já que iria perder ainda mais notoriedade, depois de ter visto partir Cristiano Ronaldo para Itália e Neymar para França.

Este sábado, o programa 'El Larguero', da Cadena SER avançou que o contrato do argentino diz que a cláusula de rescisão não é válida a partir de 2019/2020, daí Messi ter pedido para ser libertado. Se quiser sair, apenas será contabilizado, por um juiz, um montante que terá de compensar a Barcelona mas não tem qualquer obrigação de pagar os 700 milhões de euros que constam na sua cláusula de rescisão.

Messi não se apresentou este domingo nas instalações do clube para realizar as provas PCR, de diagnóstico à COVID-19, como tinha afirmado que o iria fazer. Ao falhar os testes à COVID-19, a ‘estrela’ argentina estará também fora do regresso ao trabalho da equipa de futebol, que arranca com os treinos na segunda-feira, sob o comando de novo treinador, o holandês Ronald Koeman.

Messi manifestou vontade de deixar o clube em que fez toda a carreira profissional e grande parte da formação, tendo em conta uma cláusula no seu contrato, que o FC Barcelona contesta por considerar que foi ultrapassado o prazo para que a mesma se possa aplicar.

Na terça-feira, o internacional argentino comunicou ao FC Barcelona a intenção de rescindir unilateralmente, com os seus advogados a informarem o clube que o jogador pretende deixar a Catalunha já neste verão, ao abrigo de uma cláusula que consta do seu contrato e que expirou em 10 de junho.

A imprensa espanhola revela que o contrato de Messi inclui uma cláusula que lhe permite rescindir unilateralmente o contrato no final de cada temporada, embora com um prazo definido para o fazer.

Neste caso, o FC Barcelona alega que o prazo expirou em 10 de junho, pelo que considera que o contrato do avançado, de 33 anos e que tem uma cláusula de rescisão de 700 milhões de euros, é válido até 30 de junho de 2021.

Ainda assim, de acordo com o jornal espanhol Marca, Messi e os seus advogados acreditam que o contrato poderá ser rescindido, com base nas alterações no calendário da época 2019/20, que foi prolongada devido à pandemia de covid-19.

Na semana passada, a comunicação social espanhola, nomeadamente da Catalunha, revelou que Lionel Messi se tinha reunido com Ronald Koeman, tendo confessado ao novo treinador do ‘Barça' que se sentia "mais fora do que dentro do clube".

Os ingleses do Manchester City e os italianos do Inter de Milão têm sido apontados como possíveis destinos do ‘astro' argentino, que chegou ao FC Barcelona em 2000, com apenas 13 anos.

Messi, seis vezes eleito o melhor futebolista do mundo para a FIFA, soma mais de 731 jogos e 634 golos pela equipa principal dos ‘blaugrana', ao serviço dos quais conquistou 10 ligas espanholas, seis taças do Rei de Espanha, oito supertaças espanholas, quatro ligas dos campeões, três supertaças europeias e três mundiais de clubes.