O selecionador espanhol Luís Enrique reconheceu, esta sexta-feira, que a situação em Espanha é de calamidade, mas que ninguém irá baixar os braços.

“Levamos dias, semanas a lutar contra este adversário, que já levou muitos dos nossos. Não é o momento de render-nos. A Espanha não sabe o que é isso. Todo o pessoal profissional sabe que será o jogo das nossas vidas. O nosso e do país chegou. Este é o momento”, disse Luís Enrique, apelando à união de todos.

“Vamos deixar de fora as cores da equipa. Isto é uma seleção, aqui jogam os melhores e nós seremos. Transportadoras, bombeiros, polícias, enfermeiros, serviços de limpezas, médico, farmacêuticos têm de continuar a fazer o seu trabalho”.

A Espanha é um dos países mais afetados pelo novo coronavírus, tendo decretado o estado de emergência em 14 de março último e tomado medidas muito rígidas de movimentação da população, que agora está toda confinada em casa, salvo os que asseguram os serviços essenciais.

O Governo espanhol tem de decidir nos próximos dias se vai prolongar o atual “estado de emergência” para além de 11 de abril e se suaviza as medidas muito duras de confinamento em vigor.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 54 mil.

O continente europeu, com cerca de 560 mil infetados e perto de 39 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 13.915 óbitos em 115.242 casos confirmados até quinta-feira.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 10.935, entre 117.710 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos, com 6.058 mortos, são o que contabiliza mais infetados (245.573). Na quinta-feira, registaram o número mais elevado de óbitos num só dia num país (1.169).