José Mourinho considera Cristiano Ronaldo “um fenómeno” e admite que “não teria problema nenhum” em nomeá-lo “capitão”, mas frisa que o Real Madrid dá a braçadeira aos futebolistas mais antigos e Iker Casillas é “perfeito” na função.
“Cristiano é um fenómeno. Não vou perder mais tempo a falar dele, basta dizer que é um fenómeno”, salientou, considerando que o brasileiro Luiz Felipe Scolari, o antecessor de Carlos Queiroz, é “a pessoa indicada para comentar as afirmações do seleccionador português acerca do capitão da equipa nacional”.
O novo técnico do Real Madrid recusa comentar o assunto com o argumento de que a selecção portuguesa é “um espaço de trabalho” que não conhece, mas aceita falar do que são as suas “realidades”, “necessidades” e “opções”.
“Eu, como treinador, preciso de um líder em campo e não fora dele, porque fora de campo o líder sou eu. Onde preciso de líderes é em competição e num período onde a minha intervenção directa se reveste muitas vezes de dificuldades de comunicação”, refere.
Por esta razão, os líderes que José Mourinho quer ter em campo “são aqueles que fazem a diferença, que carregam a equipa de ambição e coragem, de motivação e vontade de vencer, que são o suporte da mesma pelas suas qualidades diferenciadas”.
“E, neste sentido, os grandes jogadores são os grandes lideres”, afirmou à Lusa, adiantando: “Por isso posso dizer que não teria problema nenhum em fazer de Cristiano capitão do Real, porque lhe reconheço todas estas qualidades”.
Mas, como recorda, no Real Madrid “a tradição e a cultura decidem que são os jogadores mais antigos a levar a braçadeira” de “capitão”.
“E, por sorte, temos em Iker Casillas um capitão com todas estas características que explicitei. Aliás, considero-o o capitão perfeito e espero que o seja por muitos anos. Mas, sublinho, falo de mim e das minhas experiências”, disse.
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