O futebolista internacional brasileiro Neymar foi hoje ilibado por um tribunal espanhol no processo em que era acusado de irregularidades na transferência para o FC Barcelona em 2013, já após o Ministério Público espanhol retirar as acusações.
Os juízes do tribunal provincial de Barcelona decidiram “absolver” Neymar, e mais oito acusados no mesmo processo, considerando não existir evidência de delito, e, assim, “dano aos queixosos”.
Além de Neymar, os seus pais, os ex-presidentes do FC Barcelona Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu, um antigo dirigente do Santos, Odílio Rodrigues, e a empresa de gestão da carreira do jogador, estavam entre os acusados.
A decisão de hoje surge um mês e meio depois de o Ministério Público espanhol ter retirado todas as acusações de corrupção e fraude contra Neymar, por supostas irregularidades em torno da transferência do futebolista brasileiro para o FC Barcelona, em 2013, por as considerar "presunções" sem "evidências".
O avançado brasileiro de 30 anos, que alinha agora no Paris Saint-Germain, respondia em Tribunal por alegada corrupção e fraude na sua transferência do Santos para o FC Barcelona, em 2013, bem como o seu pai e empresário, Neymar da Silva.
O Ministério Público retirou então "a acusação contra todos os arguidos e por todos os factos” de que eram acusados, após ter pedido inicialmente dois anos de prisão e uma multa de 10 milhões de euros contra o futebolista brasileiro.
A justificação do promotor Luis Garcia para esta decisão é que as acusações “não foram baseadas em evidências”, mas “em presunções” e que o caso se enquadrava na justiça civil e não na criminal.
O caso foi desencadeado pela queixa da DIS, detentora de 40% dos direitos de Neymar quando jogava no Santos, e que o levou à justiça em junho de 2015, alegando que o jogador, a sua família e o Santos tinham escondido o real valor da transferência, em prejuízo dessa empresa.
A DIS pedia inicialmente uma pena de cinco anos de prisão para Neymar e uma indemnização de 35 milhões de euros, mas, após a retirada de acusações do MP em outubro, decidiu reduzir a exigência para dois anos e meio.
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