O presidente da Liga Espanhola de Futebol Profissional (LFP), Javier Tebas, disse este sábado estar “convencido” de que o futebolista Cristiano Ronaldo não cometeu fraudes fiscais em Espanha, contrariando informações divulgadas por alguns meios de comunicação social.

“Estou convencido de que Cristiano Ronaldo não fugiu aos impostos e que esta história chegou ao fim”, afirmou Tebas, em declarações à agência noticiosa EFE, na embaixada espanhola no Japão.

A informação, que também envolve outros jogadores, entre os quais Fábio Coentrão, Ricardo Carvalho ou Pepe, assim como o internacional alemão Mesut Ozil, do Arsenal, foi colhida a partir de 1.900 gigabytes de documentos a que o referido consórcio europeu teve acesso e sobre os quais trabalharam 60 jornalistas durante mais de sete meses.

“O que acontece é que chama muito a atenção que o melhor jogador do mundo, juntamente com Messi, tenha uma estrutura financeira que é perfeitamente válida e que foi mantida durante anos. Quando surgiram dúvidas, ele explicou e regularizou a situação voluntariamente”, afirmou Tebas.

O presidente da LFP referiu ainda que Ronaldo “paga muitíssimos impostos em Espanha” e considerou que o ‘capitão’ da seleção portuguesa é “um futebolista muito importante para a Liga espanhola”.

“Queremos que fique connosco durante muitos anos”, afirmou Tebas sobre o português, que no domingo disputa, em Yokohama, pelo Real Madrid a final do Mundial de Clubes frente aos japoneses do Kashima Antlers.

A 08 de dezembro, a Gestifute garantiu que o fisco espanhol tem conhecimento “de todos os bens e receitas” de Cristiano Ronaldo, comprovando-o com a apresentação da documentação endereçada pelo futebolista português do Real Madrid à Agência Tributária espanhola.

A empresa, que gere a carreira do português, assegurou que Cristiano Ronaldo “está ciente das suas obrigações fiscais desde o início da sua carreira profissional, em qualquer dos países nos quais residiu, e não está nem nunca esteve envolvido em nenhum problema com as autoridades fiscais de nenhum país”.