O presidente do Barcelona, Joan Laporta, deu na manhã desta segunda-feira uma conferência de imprensa na qual o assunto em destaque foi o denominado 'Caso Negreira', no qual o Barça é acusado de corrupção.

Laporta reforçou a ideia de que o clube catalão não cometeu qualquer crime, aproveitando ainda para deixar fortes críticas quer ao Real Madrid, acusando-o de comprar árbitros.

"O Barcelona não cometeu qualquer crime. O caso Negreira não é um crime de corrupção desportiva. Prestaram-nos serviços que foram documentados. Penso que é evidente que não houve crime", sublinhou.

"Gostaria de fazer uma referência a um clube que diz sentir-se prejudicado, o Real Madrid. Todos sabemos que tem sido beneficiado historicamente e no presente. É favorecido por qualquer razão. Um clube que foi considerado a equipa do regime da época, devido à sua proximidade com o poder político, económico e desportivo. Durante 70 anos, aqueles que nomeavam árbitros eram, como já disse, ex-parceiros, ex-jogadores, ex-dirigentes do Real Madrid e, por vezes, até todos ao mesmo tempo", disse depois, apontando o dedo ao rival madrileno.

"Esse clube considerar-se injustiçado no melhor período da história do Barcelona parece-me ser um exercício de cinismo sem precedentes", reforçou ainda.

"Esta campanha chega quando estamos a começar a sair do túnel. Salvámos o Barça financeiramente, estamos a competir bem, somos os primeiros na liga. Não é uma coincidência. Chega numa altura em que o Barcelona está a trabalhar num novo formato de competição europeia. Aqui, o presidente de La Liga encorajou a UEFA a juntar-se a este linchamento público. Estas coincidências explicam o porquê. É o ataque mais feroz que a entidade já sofreu em toda a sua história. Peço aos nossos adeptos que se mantenham unidos na defesa do símbolo, do ADN fundador do clube", concluiu Laporta.