Rafa Benitez esteve ontem na estação televisiva BT Sports para comentar o jogo entre Roma e Real Madrid, para os oitavos de final da Champions, mas não perdeu a oportunidade de falar sobre a sua infeliz passagem pelo comando dos merengues. E na mira do treinador espanhol esteve o presidente do Real, Florentino Pérez.

"Não é fácil, tens de fazer tudo perfeito. Uma vez que fazes algo errado, ou que o presidente acha que é errado, tens problemas. Creio que estávamos bastante bem. Estávamos a fazer dois jogos por semana e vinham aí cinco semanas só com um jogo. Acreditávamos que nos podíamos sair bem, mas havia nervos: nervos dos adeptos, nervos do presidente e mudaram de treinador", começa por analisar Rafa Benitez, endurecendo de seguida o discurso contra Florentino Pérez.

Para o técnico, as interferências diretivas minaram a coesão do seu trabalho. "O meu assistente Fabio Pecchia disse que havia permanentes pressões do presidente. Ele está ali à volta, fala com os jogadores, com a imprensa e está sempre presente. Não é fácil para um treinador, especialmente quando estiveste em Inglaterra, ver o presidente falar com os jogadores ou com a imprensa todos os dias", declarou.

Questionado se Florentino Pérez faz parte do problema do Real Madrid em vez de ser a solução, Rafa Benitez elogia os dotes empresariais para menorizar a sua intuição no futebol. "Ele fez um grande trabalho para melhorar os negócios. O problema é que o Barcelona continua a ganhar no futebol. Muda porque tenta encontrar soluções por o Barcelona vencer mais vezes. Esse é o problema", refere, acrescentando a diferença de peso entre os dois rivais: "A palavra chave para ganhar a Liga é consistência. Tens que lutar com um Barcelona que tem um estilo e um modelo. O Real muda de treinador todos os anos e tens de começar de novo, e por isso o Real ganhou uma Liga, o Atlético venceu outra e o Barça conquistou cinco das últimas sete. Eles são consistentes e essa é a chave".

Por fim, Rafa Benitez assumiu a sua frustração pelo despedimento do Real Madrid no início de janeiro. "Estou triste. Estive 20 anos no Real, cheguei e vi que tinha bons profissionais. Ver que não podes controlar as coisas como queres e melhorar a equipa é frustrante", rematou.

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