Ramón Calderón, antigo presidente do Real Madrid e responsável pela concretização da transferência de Cristiano Ronaldo para os 'merengues', revelou pormenores da relação entre o português e Florentino Pérez, atual líder do clube.

"O Ronaldo tinha vontade de mudar, queria vir para o Real Madrid. Estava muito motivado pela possibilidade vir para cá, pois queria ganhar mais títulos e triunfar aqui. Foi um ano e meio de duras negociações, mas o Manchester United acabou por aceitar a nossa proposta. Para mim foi um alívio ver o Florentino contratá-lo e a não renunciar, pois antes da contratação dizia que o Cristiano estava sobrevalorizado", recordou o ex-dirigente em declarações ao programa 'Ídolos'.

Segundo Calderón, foi nesse momento que começou a má relação entre presidente e o avançado português. "A partir daí, a relação foi má. O Cristiano pede um aumento, porque pensa que o merece, e de facto merecia-o. Também o pede porque percebe que o Real Madrid estava disposto a gastar 350 milhões de euros num jogador, que iria ganhar 50 milhões limpos. O Ronaldo pede então um aumento de cinco milhões e negam-no", acrescentou.

"O Cristiano diz que se não o aumentam teria de procurar uma solução e o Florentino, num ato de ignorância, muito comum nele nestes casos, diz-lhe 'traz 100 milhões e vai embora', pensando que com 33 anos ninguém daria 100 milhões por ele. Em março chegam os 100 milhões e, como ele disse perante testemunhas, já não se podia voltar atrás. E estava dada a perda que vemos agora o resultado que teve", rematou.