O treinador Moreno realçou hoje que, mais do que a vitória na Eslovénia, jogar em casa com o Celje é a principal vantagem do Vitória de Guimarães na segunda mão da segunda pré-eliminatória da Liga Conferência Europa de futebol.

Na antecâmara do primeiro jogo oficial da temporada no Estádio D. Afonso Henriques, que, segundo estimativa do clube, receberá cerca de 17 mil espetadores, o técnico valorizou os quatro golos marcados que permitiram o triunfo por 4-3 na primeira mão, em solo esloveno, na semana passada, mas reconheceu que as coisas estiveram longe de sair “perfeitas” e que é preciso corrigir alguns posicionamentos defensivos.

“Visualizámos alguns posicionamentos defensivos para perceber a facilidade com o que o adversário pode chegar à nossa área, mas as coisas fazem-se com tempo e com calma. Temos um plantel jovem. A única vantagem que temos em função do jogo da primeira mão é o conforto das bancadas do Estádio D. Afonso Henriques”, realçou, na antevisão ao duelo marcado para as 20:15 de quinta-feira.

O ‘timoneiro’ vitoriano admite que o resultado da primeira mão “poderia ter sido melhor”, mas “não foi negativo”, e enalteceu “a experiência e a maturidade” com que a equipa se apresentou depois de sofrer o primeiro golo do desafio aos 18 segundos, no primeiro jogo oficial da temporada, a contar para uma prova europeia.

Convencido de que os vitorianos estão “mais preparados para perceber o que é o Celje” depois da primeira mão, Moreno avisou que o vice-campeão esloveno, treinado por Albert Riera, “rodou muito a equipa” na goleada sobre o Mura (5-0), para o campeonato, no fim de semana anterior, e “pode ser uma equipa diferente do que foi há uma semana”.

“Há atletas recuperados que, há uma semana, não jogaram, e que devem jogar. São atletas interessantes. A forma de nos apresentarmos não vai ser diferente por causa disso, mas o Celje pode ser uma equipa diferente”, alertou.

Moreno apresentou a equipa num sistema tático 3x5x2 na Eslovénia, depois de ter optado pelo 3x4x3 na maior parte da época 2022/23, mas rejeitou sentir falta de extremos no plantel, tendo manifestado satisfação com atletas que lhe dão “muitas dores de cabeça para escolher um ‘onze’”.

“O nosso plantel tem extremos. O Jota Silva é um extremo, o Mangas é um extremo, o Nelson da Luz é um extremo e o André Silva também pode jogar por fora. Na eventualidade de querermos mudar de sistema, temos esses homens para isso”, disse.

Ao lado do treinador de 41 anos, Jota Silva, autor do primeiro golo vitoriano na Eslovénia, disse estar “a assimilar bem as ideias” de Moreno, num grupo “recheado de talento”, em que a “competitividade é muito alta”, a propósito da mudança de sistema tático e do entendimento no ataque com André Silva, marcador do segundo golo em Celje.

Convencido de que os portugueses se vão apresentar melhor no segundo embate com os eslovenos, o atacante realçou que o Vitória deve “entrar em campo para ganhar” e para “dar o melhor”, independentemente de estar em vantagem na eliminatória.

O Vitória de Guimarães recebe o Celje, da Eslovénia, num jogo da segunda mão da segunda pré-eliminatória da Liga Conferência Europa, agendado para as 20:15 de quinta-feira, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, com arbitragem do ucraniano Viktor Kopievsky.