O selecionador português de futebol, Fernando Santos, salientou hoje a necessidade de cimentar processos e convocar um lote mais alargado de jogadores para a Liga das Nações, tendo também em vista a participação no Mundial.
Em conferência de imprensa, realizada na Cidade do Futebol, em Oeiras, Fernando Santos anunciou a lista de 26 futebolistas para os quatro primeiros jogos na Liga das Nações A, frente a Espanha, Suíça (dois) e República Checa, na qual se destacam as presenças de David Carmo – em estreia absoluta -, Domingos Duarte e Ricardo Horta.
“Foi uma época muito sobrecarregada, com muitos jogos. Vai obrigar a uma rotação clara, são quatro jogos em 10 dias, o que não é muito normal. Até por isso, o lote é mais alargado, para que me permita refrescar. Não é uma questão de dar minutos a ninguém, mas vai ser forçoso que tenhamos de fazer essa rotação”, frisou o treinador.
David Carmo e Domingos Duarte entram nas escolhas nos lugares de Tiago Djaló e de Gonçalo Inácio – que ‘desceram’ aos sub-21 -, com Fernando Santos a explicar a troca como uma oportunidade para observar outras alternativas para o Qatar, em dezembro.
“Tive oportunidade de, no final do estágio, dar-lhes os parabéns [a Djaló e Inácio] pelo que fizeram. Agradou-me muito o trabalho deles. Decidi-me pelo Domingos Duarte e David Carmo, para poder observá-los e ter contacto com eles em treino. Entendemos que este era um momento oportuno para fazer isso. Não tem a ver com qualidade ou não. É muito importante, nesta fase, procurar avaliar também”, frisou o selecionador.
Já sobre Ricardo Horta, Fernando Santos lembrou que “a seleção é um espaço aberto e não fechado”, existindo cerca de “50 ou 60 jogadores em observação”, tendo chegado agora a ‘hora’ do avançado do Sporting de Braga, destaque do campeonato português.
“Temos de começar a pensar na participação no Campeonato do Mundo, não tanto no contexto de jogadores, mas muito naquilo que é cimentar o que fizemos no ‘play-off’. Foram dois jogos muito bem conseguidos da nossa parte e agora é procurar cimentar o que queremos. É muito importante aproveitar ao nível do treino”, expressou o técnico.
Fernando Santos, de 67 anos, não sabe "o que vai acontecer com os jogadores” até ao mês de novembro e, como tal, precisa de “preparar o plano e ver alternativas” já com antecedência, sem descurar a Liga das Nações, que classificou como “uma das provas mais importantes do calendário internacional europeu” e que quer vencer novamente.
“Desde que aqui estou, 27 jogadores chegaram e afirmaram-se na seleção nacional. A renovação foi e vai continuar a ser feita, mas o primeiro critério é a qualidade. Temos de analisar jogadores, ver e, depois, decidirmos quem estará presente no Mundial, que serão, sem dúvida, quem nos der mais garantias. Temos um objetivo claro: jogar para 11 milhões de portugueses, com o objetivo de ganhar”, sublinhou Fernando Santos.
No grupo 2 da Liga A, Portugal começa por defrontar a Espanha, em 02 de junho, em Sevilha, depois joga duas vezes em Alvalade, em 05 de junho, com a Suíça, e em 09 de junho, com a República Checa, para, no dia 12 de junho, atuar em Genebra, no segundo embate com os helvéticos.
Depois destes quatro jogos, a formação das ‘quinas’ cumpre os últimos dois encontros em 24 e 27 de setembro, o primeiro na República Checa e o segundo em Braga, face aos espanhóis.
A formação das ‘quinas’, vencedora da primeira edição da Liga das Nações, em 2019, precisa de vencer o agrupamento para chegar à ‘final four’ da terceira edição, sendo que a segunda foi conquistada pela França, numa final com a Espanha, em 2021.
A fase final da Liga das Nações realiza-se de 14 a 18 de junho de 2023, com os vencedores dos quatro grupos da Liga A, sendo que os últimos de cada um dos agrupamentos descem à Liga B.
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