Portugal terminou a fase de grupos da Liga das Nações esta segunda-feira com um empate a um golo diante da Croácia.
Depois de uma bela primeira parte, onde a equipa das quinas dominou, marcou e ficou a dever mais um ou dois golos, no segundo tempo o notório desgaste físico da formação lusa permitiu à Croácia crescer e chegar ao empate, tendo criado oportunidades suficientes para dar a volta ao resultado.
No final o resultado resumiu-se à divisão de pontos, resultado que permite aos croatas qualificarem-se para a fase seguinte da prova.
Dominar, ameaçar e marcar
Como seria expectável, Roberto Martínez fez muitas alterações no onze que iniciou a partida, em comparação com o escolhido para defrontar a Polónia. Dessa equipa sobraram apenas Renato Veiga, Nuno Mendes e João Neves, de resto foram só novidades, e ainda uma estreia: Tomás Araújo estreou-se pela equipa principal das quinas, e logo como titular.
Do lado croata, Zlatko Dalic fez quatro alterações relativamente à equipa que arrancou a partida diante da Escócia. Kotarski, Jakic, Petar e Luka Sucic foram substituídos por Livakovic, Perisic, Sosa e Matanovic.
Apesar de já ter o seu lugar e apuramento assegurados, Portugal entrou no jogo a dominar, mostrando muita mobilidade no ataque; logo aos três minutos a equipa lusa esteve perto do golo, mas o cruzamento de Nuno Mendes não encontrou, nem João Neves, nem Renato Veiga, cinco minutos depois Félix combinou com Otávio, mas o remate do avançado do Chelsea saiu fraco.
Depois de uns primeiros minutos de total inoperância, a Croácia começou a equilibrar a partida, chegando mais vezes junto da baliza de José Sá; contudo era Portugal quem criava perigo e Rafael Leão esteve muito perto do golo aos 17 minutos, rematando cruzado para boa defesa de Livakovic.
A equipa portuguesa dominava a partida sem grande esforço, perante uma Croácia que não ameaçava as redes de José Sá. Foi por isso sem surpresa que Portugal adiantou-se no marcador; 33 minutos e um passe fantástico de Vitinha encontra João Félix em velocidade, o avançado do Chelsea recebeu com o pé direito e finalizou com o esquerdo para o 0-1.
Curiosamente, o golo teve o condão de despertar os croatas que, até ao intervalo, tiveram duas grandes oportunidades para marcar, ambas por Kramaric; aos 37 José fez bem a mancha ao avançado, e três minutos depois foi o poste a negar o empate aos croatas.
Todavia Portugal não se deixou afetar pela reação do adversário e também teve oportunidades para aumentar a vantagem; primeiro foi Félix a obrigar Livakovic a defesa apertada e em cima do intervalo o remate em arco de Rafael Leão saiu ligeiramente ao lado.
Ao intervalo, e apesar de estar a perder, a Croácia mantinha-se em posição de apuramento, mas apenas por um golo de diferença, já que a Escócia ia vencendo em casa da Polónia.
Acabaram as pilhas, começaram os sarilhos
Para a segunda parte, Dalic fez alterações, quer com as entradas de Pasalic e Jakic, quer com a organização tática, mostrando-se agora mais ousado. Os croatas estavam mais agressivos, e acercavam-se mais vezes da área portuguesa, mas sem criar verdadeiras oportunidades. Perante o adiantamento adversário, Portugal não tinha tanta bola, optando por jogar agora mais em transição.
Com o avançar do relógio ia-se sentindo o desgaste físico na equipa das quinas, que agora tinha menos capacidade para pressionar e segurar o jogo em zonas adiantadas. Com Portugal cada vez mais recuado no terreno, a Croácia foi ameaçando e acabou mesmo por chegar ao golo.
Aos 66 minutos, um cruzamento na direita de Jakic para o segundo poste, Nélson Semedo falha o corte e surge Gvardiol que de primeira fez o 1-1.
Foi preciso o golo croata para Roberto Martínez perceber o que já todos tínhamos visto. Assim, o selecionador fez entrar Francisco Conceição e Fábio Silva para os lugares de Rafael Leão e Otávio. O ala da Juventus não demorou a apresentar-se aos croatas, ao deixar Nuno Mendes na cara do golo, golo este que não aconteceu devido a grande intervenção de Livakovic.
Na outra baliza José Sá não lhe ficou atrás, negando o golo à Croácia por três vezes em um minuto: duas defesas consecutivas aos remates de Sucic e Budimir, e outra após um canto após remate de Kramaric.
O avançar do relógio e a conjugação de resultados já não obrigava a Croácia a arriscar tanto e o jogo baixou claramente de ritmo. Portugal foi tentando controlar a partida até final, mas a Croácia ainda acreditava na vitória, tendo duas oportunidades claras para lá chegar; aos 92 um remate de Budimir já dentro da área esbarrou no poste esquerdo de José Sá, e logo a seguir foi Diogo Dalot a tirar a bola em cima da linha após um canto.
Com este resultado, Portugal e Croácia passam ambos aos quartos de final da Liga das Nações. Quanto ao resto do grupo, a Escócia irá disputar o 'playoff' de manutenção, enquanto que a Polónia é despromovida à liga B.
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