Este ano, os endinheirados franceses do Paris Saint-Germain, os ucranianos do Dínamo Kiev e os croatas do Dínamo Zagreb são quem quer estragar a festa ao bicampeão nacional, novamente com o (justificado) estatuto de favorito.

Tal como na época passada, em que os cipriotas do Apoel e os russos do Zenit fizeram história, ao qualificarem-se pela primeira vez para a fase a eliminar, o FC Porto volta a jogo com a responsabilidade de ter sido cabeça de série no sorteio.

Vítor Pereira pegou no brilhante vencedor da Liga Europa, mas não conseguiu manter o nível ou justificar o rótulo - com uma fase de grupos dececionante, o “dragão” foi relegado para a Liga Europa, sendo afastado logo no primeiro duelo, frente ao Manchester City, eliminado de seguida pelo Sporting.

O técnico até começou a “Champions” com um triunfo por 2-1 sobre o Shakhtar Donetsk: Luís Adriano abriu ativo, mas Hulk, aos 28 minutos, e Kléber, aos 51, deram a volta a uma equipa que aos 40 ficou reduzida a 10 e aos 80 a nove.

Na Rússia, frente ao Zenit, o inverso, pois ao tento inaugural de James (10 minutos), responderam os locais com golos de Shirokov (20 e 73) e Danny (72), quando Fucile já tinha deixado os “dragões” reduzidos a 10 nos descontos antes do intervalo.

O problema foi o surpreendente Apoel, com “sangue” luso de segundas e terceiras linhas, que conquistou quatro pontos frente aos “azuis e brancos”: 1-1 no Dragão (marcaram Hulk e Aílton nos primeiros 20 minutos) e 2-1 em casa.

No Chipre, Aílton inaugurou o marcador, aos 42 minutos, de penálti, e foi da mesma forma que o FC Porto empatou, aos 89, por Hulk, mas a perda de concentração dos portistas permitiu a Manduca garantir nos descontos os três pontos e liderança ao Apoel.

O triunfo 2-0 na visita ao Shakhtar (Hulk e Rat, na própria baliza, sobre o final) manteve o apuramento em aberto para o último jogo, a receção ao Zenit, mas, face aos russos, o guarda-redes Malafeev foi mais forte do que toda a vontade e sonhos de Vítor Pereira e seus pupilos.

O Manchester City, que se sagraria campeão de Inglaterra, nem deixou o FC Porto aquecer na Liga Europa, vergando-o a dupla derrota: na ronda seguinte, o Sporting, que terminou o campeonato luso em quarto, afastou a equipa milionária dirigida pelo italiano Roberto Mancini.

Este ano o objetivo volta a passar por atingir os oitavos de final, e a saída de Hulk, a principal “estrela” da equipa, é insuficiente para poder justificar um eventual insucesso, bem como a estreia, a este nível, de vários jogadores do plantel.