A Liga Milionária traz isso, outro tipo de desafios e adversários. Equipas mais compactas, de ligas de outra nomeada, outro tipo de intensidade, mesmo para um conjunto que não atravessava o seu melhor momento. Um Bolonha que lutava pela salvação na Champions, perante um Benfica 'pujante', com altos níveis de confiança, e a querer reivindicar, pelo menos para já, o playoff.
O objetivo estava já ali, à mão de semear, mas o Benfica não conseguiu fazer funcionar o marcador na Luz, embora tenha criado oportunidades para tal. A receita era mesma, a que Bruno Lage tem cozinhado, desde o regresso à Luz, complementada pelo regresso de Kokçu.
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Com uma construção segura desde trás, o Bolonha canalizava jogo pelas alas, mas a equipa do Benfica ia conseguindo apagando os 'fogos' com exceção de uma ou outra situação em que Turbin se teve que aplicar, como quando deu de caras com Dallinga. Mas sem grande caudal ofensivo, a equipa de Lage, só já perto da primeira parte, criou frissón. Excecional jogada de Carreras, a abrir o livro, e depois na ressaca, Di María a atirar para defesa de Skorupski.
Os italianos chamaram para si o controlo do esférico, mas ainda assim, sem a profundidade desejada. Com um Bolonha compacto, num linha de quatro, seriam precisas outras dinâmicas para causar sobressaltos ao rival. Na segunda parte, os encarnados esticaram o jogo e imprimiram outro tipo de dinâmica. Os italianos baixaram linhas e tentaram cerrar os caminhos da baliza.
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Mas o que é certo é que nos últimos 25 minutos, o Benfica construiu oportunidades mais do que suficientes para levar a vitória só que esbarrou num muro polaco. Di María, Andouni, e Pavlidis, tiveram chances para foram incapazes de colocar a Luz em polvorosa.
Momento
Aquele golo anulado a Pavlidis a abrir. Desatenção italiana, Di María colocou no dianteiro que com um toque subtil abriu o marcador. Foi assinalado fora de jogo e não mais o Benfica conseguiu colocar a bola dentro das redes dos italianos.
Melhores
Alvaro Carreras
Excelentes incursões na esquerda, assumiu o papel de protagonista num dos lances mais vistosos da partida, na forma como passou por um adversário e depois endossou para a finalização de Di María.
Skorupski
O guardião foi o protagonista maior da noite da Luz. Seguríssimo, e muito completo, fez um punhado de grandes defesas que ajudaram o Bolonha a assegurar um ponto. Literalmente fechou as portas da baliza.
Di María
Voltou a ser um dos melhores do Benfica, e quase foi o autor da assistência que deu o golo ao Benfica. Ainda testou a atenção de Skorupski, mas não conseguiu fazer o golo.
Fabbian
Demonstrou excelentes pormenores este médio box to box da equipa italiana. Qualidade no transporte e a canalizar jogo. Possante, e dotado de grande velocidade foi um osso duro de roer no setor intermédio, e um dos principais municiadores do ataque. Na segunda parte, perdeu gás e foi substituído.
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