Depois do empate a um golo na Luz, o Benfica volta a medir forças com o Paris Saint-Germain, desta feita no Parque dos Príncipes, com a possibilidade de garantir o apuramento para os oitavos de final da Champions. Uma missão hercúlea, uma vez que, para isso, a equipa de Roger Schmidt terá de triunfar no reduto do campeão francês e esperar que o Maccabi Haifa surpreenda a Juventus em Israel.
O mesmo cenário acontece com os parisienses, caso imponham o primeiro desaire da época aos encarnados e tenham 'ajuda' dos israelitas. Importa recordar que Benfica e PSG somam sete pontos ao fim de três jornadas, mais quatro do que a Juventus, enquanto o Maccabi Haifa ainda não pontuou.
Depois dos triunfos na receção ao bicampeão israelita e na deslocação a Turim, o emblema da Luz acabou por ceder os primeiros pontos frente a um dos 'papões' do futebol mundial, num jogo em que Lionel Messi marcou pela primeira vez na carreira ao Benfica, e Danilo Pereira, na própria baliza, consentiu o empate à equipa da casa.
Tendo em conta a boa campanha das águias na prova, até o pior cenário da próxima jornada (derrota do Benfica em Paris e triunfo da Juventus com o Maccabi) permitirá à equipa portuguesa seguir em frente com 'apenas' um empate em casa frente aos italianos e um esperado triunfo frente aos israelitas.
O momento das equipas
Ambos líderes nos respetivos campeonatos, Benfica e PSG não responderam da mesma forma, a nível interno, ao empate na Luz. Os encarnados até começaram a perder cedo na receção ao Rio Ave, mas a reação foi rápida e a verdade é que podia ter culminado num resultado mais expressivo (4-2). Foi, de resto, a primeira vez que Roger Schmidt privilegiou a gestão física dos jogadores, mudando quase meia equipa diante dos vila-condenses.
À semelhança de Schmidt, o técnico dos parisienses, Christophe Galtier, visitou o Reims com uma equipa cheia de novidades – do trio da frente, só Mbappé foi titular –, mas o encontro terminou sem golos. O PSG, reduzido a 10 jogadores após a expulsão de Sérgio Ramos, ainda na primeira parte, somou o segundo empate na Ligue 1, após uma série de cinco triunfos consecutivos, mas mantém a liderança isolada, com 26 pontos.
Depois de muita especulação, confirma-se que Lionel Messi vai mesmo falhar a receção ao Benfica, depois de ter saído tocado do encontro no Estádio da Luz. Numa nota lançada no site oficial, os parisienses informaram que o internacional argentino não recuperou de um "pequeno desconforto nos gémeos".
Outra baixa certa nos gauleses será Nuno Mendes, igualmente por impedimento físico, enquanto Renato Sanches também não deverá estar em condições de defrontar a equipa em que fez a formação e iniciou a carreira. Danilo e Vitinha deverão estar disponíveis.
No lado do Benfica, David Neres não viajou para Paris, já depois de ter sido poupado frente ao Rio Ave – a imprensa desportiva nacional aponta para uma lesão muscular na coxa esquerda. Henrique Araújo e João Victor, este último recuperado de lesão, foram as novidades nos convocados de Roger Schmidt, que levou 24 jogadores para a capital francesa.
Histórico de encontros
Este vai ser o oitavo jogo oficial entre os dois emblemas, sempre em provas da UEFA, com o historial a conferir ligeira vantagem aos encarnados, com três triunfos contra dois do adversário – que continua sem vencer na Luz.
O registo de embates começou em 2006/07, nos oitavos de final da Taça UEFA. O PSG venceu em casa (2-1), mas perdeu 3-1 em Lisboa e acabou por ser eliminado; em 2010/11, na Liga Europa, o mesmo destino: o Benfica ganhou em casa, empatou em França e seguiu em frente na competição.
Em 2013/14 deu-se novo encontro entre os dois clubes. O Paris Saint-Germain triunfou no Parque dos Príncipes (3-0), mas perdeu no Estádio da Luz (2-1), isto na fase de grupos da Champions. Em Paris, dois golos de Ibrahimovic e um de Marquinhos (25) valeram a vitória do PSG, mas na derradeira jornada, com os parisienses já apurados, o Benfica levou a melhor na Luz, triunfando por 2-1: Lima, aos 45 minutos, de penálti, e Gaitán, aos 58', anularam o tento inaugural de Cavani, aos 37'.
O que dizem os treinadores
Christophe Galtier (PSG): "Precisamos de analisar a primeira mão e ver como o Benfica nos pode colocar em dificuldades. Temos de ver se, ao nível tático, tudo foi feito como deveria ser. Se decidirmos escolher outro sistema, temos de ser capazes de criar novas conexões, podemos trazer jogadores mais avançados, há toda uma análise a ser feita em torno das possibilidades"
Roger Schmidt (Benfica): "Espero um encontro difícil, como foi na última semana. Jogámos contra uma equipa de topo da Europa. Foi um jogo aberto, mas tivemos de sofrer, algo de que já estávamos à espera. Agora eles terão a vantagem de jogar em casa, mas vamos tentar ter a mesma abordagem em termos de bravura e tentar ganhar o jogo."
O árbitro
A UEFA nomeou o inglês Michael Oliver foi para dirigir o encontro desta terça-feira no Parque dos Príncipes. O juiz, de 37 anos, terá como assistentes Stuart Burt e Simon Bennett, enquanto as funções de videoárbitro (VAR) ficarão a cargo de Stuart Attwell.
Esta será a segunda vez que Michael Oliver vai arbitrar um jogo dos encarnados, depois de em 2019 ter dirigido o Dínamo Zagreb-Benfica (1-0), da primeira mão dos oitavos de final da Liga Europa 2018/19.
O inglês subiu à primeira categoria em Inglaterra em 2010 e é internacional há uma década, desde 2012, sendo que hoje vai arbitrar o jogo grande da 10.ª jornada da Premier League, entre Arsenal e Liverpool, em Londres.
O PSG-Benfica está marcado para as 20h00 desta terça-feira e pode ser acompanhado, ao minuto, no SAPO Desporto.
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