O Benfica persegue na quarta-feira um inédito apuramento à quarta jornada da Liga dos Campeões em futebol, um dia depois de o rival FC Porto procurar retificar os maus resultados na prova e manter-se na corrida aos “oitavos”.
Os lisboetas tentam repetir na receção ao Basileia o triunfo por 2-0 conquistado há duas semanas no estádio da equipa suíça, enquanto os portuenses deslocam-se ao reduto do APOEL de Nicósia na expetativa de se desforrarem do empate 1-1 imposto na ronda anterior pelos cipriotas em pleno Estádio do Dragão.
Confortavelmente instalado na liderança do grupo C e subalternizando o “colosso” inglês Manchester United, o Benfica encontra no Basileia o adversário ideal para obter um feito único na sua história, uma vez que os helvéticos contam por derrotas as duas deslocações “europeias” a Lisboa, mas ambas perante o Sporting.
O único resultado positivo do Basileia em solo português foi obtido em Guimarães (empate 0-0), ao contrário do Benfica, ainda sem derrotas em jogos oficiais esta época, que conta por vitórias as duas receções anteriores a adversários suíços: o FC La Chaux-de-Fonds, na Taça dos Campeões Europeus de 1964/65, e o FC Zurique, na caminhada até à final da Taça UEFA de 1982/83.
Os “encarnados”, que sofreram apenas uma derrota nos últimos 17 jogos caseiros para as provas continentais, tendo conquistado 14 vitórias nessa série, nunca se qualificaram com duas jornadas por disputar na fase de grupos da “Champions”, ao contrário dos rivais FC Porto (1996/97 e 2009/10) e Sporting (2008/09).
O sucesso do Benfica, que apenas ultrapassou a fase de grupos em 1994/95, à quinta jornada, e em 2005/2006, à sexta e última ronda, pode ajudar o Manchester United a dar um passo firme em direção aos oitavos de final, uma vez que o campeão inglês, segundo colocado, a dois pontos dos “encarnados”, recebe o Otelul Galati, “lanterna vermelha”, só com derrotas.
A história também é favorável ao FC Porto, que precisará mais desse conforto do que o rival lisboeta, pois encontra-se em posição muito mais delicada, ocupando o terceiro lugar do grupo G, em igualdade com o Zenit de São Petersburgo e a um ponto do sensacional líder APOEL.
O campeão português e detentor da Liga Europa foi a última equipa que conseguiu vencer em Nicósia, na edição da Liga dos Campeões de 2009/10, graças a um golo marcado aos 84 minutos pelo avançado colombiano Radamel Falcao, transferido para o Atlético de Madrid e até ao momento sem substituto à altura.
Desde essa altura, o APOEL registou uma notável sequência de nove encontros seguidos sem perder perante o seu público, mas nenhuma representação sénior de Chipre alguma vez derrotou uma congénere portuguesa, tanto a nível de clubes como de seleções, e o triunfo em Nicósia pode colocar o FC Porto no comando da “poule”.
O primeiro encontro do APOEL frente a uma equipa portuguesa saldou-se mesmo por um desfecho histórico, com a derrota por 16-1 imposta em Lisboa pelo Sporting, na Taça dos Vencedores das Taças de 1963/64, a manter-se como recorde nas provas da UEFA.
Na outra partida do agrupamento, o Shakhtar Donetsk joga uma cartada decisiva para a manutenção na competição, mas a deslocação à Rússia para defrontar o Zenit de São Petersburgo não parece o cenário ideal para os ucranianos alcançarem o primeiro triunfo e abandonarem a última posição.
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