O Benfica logrou o apuramento em quatro das cinco presenças nos oitavos de final da Liga dos Campeões em futebol, tendo afastado o campeão em título Liverpool, o Ajax e duas vezes o Zenit.

A formação da Luz afastou os ingleses em 2005/06, com dois triunfos (1-0 em casa e 2-0 em Anfield Road), os russos em 2011/12 (2-3 fora e 2-0 em casa) e 2015/16 (1-0 em casa e 2-1 fora) e os neerlandeses em 2021/22 (2-2 em casa e 1-0 fora).

O pleno falha porque, em 2016/17, na quarta presença nesta fase, o Benfica caiu face ao Borussia Dortmund, ao ser goleado por 4-0 da Alemanha, depois de um triunfo por 1-0 na Luz.

No total, são quatro qualificações e uma escassa eliminação, com impressionantes 70% de vitórias (sete), mais um empate e duas derrotas, em 10 encontros, com 14 golos marcados e 10 sofridos.

O modelo competitivo da ‘Champions’ só passou a contemplar ‘oitavos’ em 2003/04 - época da vitória do FC Porto – e o Benfica chegou a primeira vez aos ‘últimos 16’ em 2005/06, ao deixar por ‘terra’ o Manchester United, de Cristiano Ronaldo, batido na Luz por 2-1 no fecho da fase de grupos.

A equipa lisboeta defrontou outro conjunto inglês, o Liverpool, campeão europeu em 2004/05, e começou muito bem, ao vencer na Luz por 1-0, graças a cabeceamento vitorioso do central brasileiro Luisão já sobre o final, aos 84 minutos.

A vantagem parecia curta, mas em Anfield Road, os comandados do holandês Ronald Koeman realizaram uma exibição para a ‘lenda’, vencendo novamente, agora por 2-0, com ‘golaços’ de Simão (36) e do italiano Fabrizio Miccoli (89).

Meia dúzia de anos depois, em 2011/12, e novamente depois de eliminar o United na fase de grupos, o Benfica teve pela frente o Zenit e começou por perder por 3-2 na Rússia, onde, pelos ‘encarnados’, faturaram Maxi Pereira e Óscar Cardozo.

A reviravolta aconteceu na Luz, com um triunfo por 2-0, selado com golos nos descontos de cada uma das partes, novamente pelo lateral direito uruguaio (45+1 minutos) e o suplente Nélson Oliveira (90+3).

Em seis anos, Jorge Jesus atingiu apenas uma vez os ‘oitavos’, enquanto Rui Vitória conseguiu duas presenças nas duas primeiras épocas, antes da ‘vergonha’ que foi terminar a fase de grupos de 2017/18 com seis derrotas (1-14 em golos).

Em 2015/16, o Benfica reencontrou o Zenit, agora comandado pelo treinador português André Villas-Boas.

O duelo começou na Luz, onde o Benfica chegou ao triunfo já nos descontos, aos 90+1 minutos, com um golo do brasileiro Jonas, para, em São Petersburgo, os russos empataram a eliminatória, com um tento do ex-portista Hulk, aos 69.

Na parte final, prevaleceu, porém, o conjunto ‘encarnado’, com o argentino Gaitán a empatar o jogo, aos 85 minutos, e o brasileiro Talisca a selar mesmo novo triunfo das ‘águias’, com um golo aos 90+6.

Em 2016/17, o Benfica voltou a começou bem, ao vencer por 1-0 na receção ao Borussia Dortmund, com o grego Mitroglu a marcar, aos 48 minutos, e Ederson a parar um penálti de Pierre-Emerick Aubameyang, aos 58, no jogo 500 de Luisão.

Mas, na Alemanha, os comandados de Rui Vitória acabaram goleados por 4-0, culpa de um ‘hat-trick’ do gabonês (quatro, 61 e 85 minutos) e um golo do norte-americano Pulisic (59).

A eliminação face aos germânicos continua, porém, a ser a exceção, já que, na época passada, o Benfica voltou a ‘agigantar-se’ nos ‘oitavos’, ao afastar um Ajax que tinha vencido todos os seus jogos na fase de grupos.

Os neerlandeses até começaram melhor, conseguindo um empate a dois na Luz, onde lideraram por 1-0 e 2-1, com tentos de Dusan Tadic (18 minutos) e Sébastien Haller (29), que já marcara na própria baliza (26).

O 2-2 final foi selado aos 72 minutos, pelo avançado ucraniano Roman Yaremchuk, que, desta forma, colocou tudo a zero, já que, em 2021/22, a UEFA decidiu ‘abolir’ a regra dos golos fora, que deixaram de desempatar.

Tudo se decidiu na Johan Cruyff ArenA, em Amesterdão, nos Países Baixos, onde o Benfica resistiu ao ataque dos neerlandeses e foi eficaz ofensivamente aos 77 minutos, com um tento de Darwin Núñez, após livre de Grimaldo.