A equipa de Domingos Paciência, que surpreendeu a época passada ao lutar pelo título com o Benfica até à última jornada, garantindo o segundo lugar à frente do tetracampeão FC Porto, iniciou a temporada competitiva com novo resultado de assombro, frente a um rival bem mais cotado internacionalmente.

Os brasileiros Alan, de penálti, Elderson, num desvio oportuno após canto, e Matheus, com uma “bomba” de livre a 30 metros, construíram o resultado que terá deixado a Europa de boca aberta.

O espanto é ainda maior se tivermos em conta que o Celtic é incomparavelmente mais experiente, já tem rotina de Liga dos Campeões e inclusivamente venceu a Taça dos Campeões em 1967.

Fixando-nos apenas na actualidade e esquecendo a história, os “católicos” têm outro traquejo na mais importante prova de clubes europeus, já que 12 dos seus futebolistas já participaram na competição, contra apenas quatro dos “arsenalistas”, com uma presença quase residual.

Domingos Paciência atribuía o favoritismo ao adversário e dizia que ganhar já seria um excelente resultado, mas nunca imaginava que podia 'praticamente' resolver as coisas já em Braga.

Com efeito, os três golos sem resposta permitem aos minhotos gerir a partida com algum conforto, até porque um golo no Celtic Park obrigará os escoceses a marcar cinco para seguirem em frente.

Estranhamente, o Celtic, um “leão” nos jogos em casa, tem revelado um inexplicável lado de "cordeiro" fora de casa, onde nos últimos 32 jogos europeus venceu apenas um.

Na preparação para o embate decisivo, o Sporting de Braga venceu os árabes do Al-Sharjah, de Manuel Cajuda, por 3-0, enquanto o Celtic empatou 2-2 com o Lyon e perdeu 3-2 com o Arsenal, na Emirates Cup, que decorreu este fim de semana em Londres.

Caso a normalidade impere, o Sporting de Braga vai ter um obstáculo mais difícil de transpor, pois terá pela frente um “tubarão” da Europa no “play-off” que ditará a entrada na desejada Liga milionária.