Benfica e FC Porto partem para edição 2017/18 da Liga dos Campeões em futebol com o objetivo de alcançarem os oitavos de final, fase que, realisticamente, parece ‘vedada’ ao Sporting, de ‘olhos’ na Liga Europa.
Os ‘encarnados’ têm pela frente um ‘tubarão’, o Manchester United, de José Mourinho, mas podem ficar à frente de Basileia e CSKA Moscovo, enquanto o FC Porto está num grupo imprevisível, com o Mónaco, de Leonardo Jardim, Leipzig e Besiktas.
Por seu lado, e proveniente do Pote 4, o Sporting sabia que dificilmente teria um grupo que lhe permitisse sonhar e não teve mesmo, face às presenças de FC Barcelona e Juventus, sendo que o Olympiacos também não se afigura como adversário fácil.
A cumprir uma oitava presença consecutiva, novo recorde português, de um total de 13, o Benfica parte com o objetivo de manter o pleno de apuramentos na ‘era’ Rui Vitória, depois de ter chegado aos ‘quartos’ em 2015/16 e aos ‘oitavos’ em 2016/17.
Com Seferovic, Gabriel Barbosa, Douglas e Svilar como novidades, os ‘encarnados’ surgem órfãos de Ederson, Nélson Semedo, Lindelöf e Mitroglou, quatro jogadores que foram determinantes na temporada transata.
O regressado Manchester United, depois de uma incursão à Liga Europa para vencer a prova, é o grande candidato ao primeiro lugar, mas também já o era, claramente, em 2011/12, num agrupamento igualmente com o Basileia, e caiu. E, ao lado dos ‘encarnados’, também ‘tombou’ em 2005/06.
Independentemente do passado, os ingleses são favoritos a vencer o Grupo A, com os ‘encarnados’ previsivelmente a lutarem pelo segundo posto com Basileia e CSKA Moscovo, duas equipas que não têm as suas credenciais, mas são ‘perigosas’.
Quanto ao FC Porto, já não tem a ‘coqueluche’ André Silva, mas viu regressar Ricardo Pereira, Aboubakar ou Marega, jogadores com os quais o treinador Sérgio Conceição conta, certamente, para conseguir uma boa estreia na ‘Champions’.
Na fase de grupos pela 22.ª vez, e sétima consecutiva, os ‘dragões’ tiveram a felicidade de não encontrar uma cabeça de série inacessível (Mónaco), mas ficaram com um dos indesejáveis do Pote 4 (Leipzig) e um ‘incómodo’ Besiktas, que trará Pepe e Ricardo Quaresma de regresso ao Dragão.
Depois da magnífica época efetuada em 2016/17, em que se sagrou campeão francês e chegou às meias-finais da Liga dos Campeões, o Mónaco perdeu Mbappé, Bernardo Silva ou Mendy, mas continua muito forte, com os ex-portistas Falcao e Moutinho.
Os monegascos são, assim, os principais candidatos ao primeiro posto, mas nenhuma classificação - uma ou a mesma de ‘pernas para o ar’ - será uma grande surpresa, face ao poderio dos vice-campeões alemães e dos bicampeões turcos.
Quanto ao Sporting, aparece com uma equipa muito reforçada, face às entradas de Fábio Coentrão, Mathieu, Acuña, Bruno Fernandes, Doumbia, Piccini ou Battaglia, em contraponto com apenas uma saída importante, do ‘capitão’ Adrien.
Ainda assim, a sua maior capacidade parece insuficiente para ‘assustar’ o FC Barcelona, de Lionel Messi, ou a Juventus, de Paolo Dybala, duas formações que estão entre as fortes candidatas a chegar à final de Kiev, mesmo tendo perdido Neymar, os catalães, e Bonucci e Dani Alves, os transalpinos.
Os ‘leões’ terão, assim, pela frente quatro jogos de enorme dificuldade, sendo que, em princípio, ficam ‘limitados’ a lutar pelo terceiro posto, algo que não se afigura fácil, face aos crónicos campeões gregos do Olympiacos.
Na história da prova, o FC Porto ultrapassou 13 vezes a fase de grupos, em 21 tentativas, o Benfica seguiu em cinco ocasiões para a fase a eliminar, em 12, e o Sporting só atingiu uma vez os ‘oitavos’, em sete, para levar 1-12 do Bayern Munique.
A fase de grupos realiza-se de 12 de setembro da 06 de dezembro, com as 32 equipas divididas em oito grupos de quatro. Os dois primeiros de casa agrupamento seguem para os oitavos de final, marcados para 13, 14, 20 e 21 de fevereiro de 2018 (primeira mão) e 06, 07, 13 e 14 de março (segunda).
Os quartos de final jogam-se a 03, 04, 10 e 11 de abril, as meias-finais a 24 e 25 de abril e 01 e 02 de maio e a final, no Estádio Olímpico de Kiev, na Ucrânia, a 26 de maio.
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